O meu terceiro semestre no curso de Letras da Faculdade Sumaré tem contado com uma experiência bastante enriquecedora: a aula de Libras, Língua Brasileira de Sinais, formas de gestos utilizadas por deficientes auditivos para a comunicação e uma linguagem que conscientiza futuros professores sobre a relevância da inclusão.
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O que aprender exatamente em uma aula de Libras
A professora responsável por essas aulas, Ana Lídia Bastos, é extremamente dinâmica e ministra aulas de uma maneira bastante alegre e dinâmica. Muito bem-humorada, ela leva a primeira aula de sexta-feira com inteligência e sempre se certifica de que todos estão realmente absorvendo o conteúdo profundamente. Detalhe: ela é surda e usa aparelho, mas sua habilidade em ler lábios a ajuda muito mais a dar as aulas do que o aparelho usado.
A parte prática sempre está presente. Além disso, temos atividades como trabalhos e dinâmicas em classe que ajudam cada aluno a aprender muito bem as Libras. Eu tenho amado essa oportunidade. Achei que não conseguiria porque não tenho a melhor coordenação motora e expressão facial, mas a vontade e consciência da importância da linguagem fazem com que eu supere as dificuldades.
O verdadeiro aprendizado em uma aula de Libras
Isso tudo vira privilégio perto do que a Cleide Felisberto, nossa colega de turma, vive. Ela é cega, barreira muito mais difícil de superar do que coordenação motora ou expressão facial. Mas, tem persistido com muita força de vontade. O ledor, Joel Lira Castelo Branco Júnior, faz os gestos com as próprias mãos para que ela faça o tateamento nele e aprenda por meio das mãos dele.
O aprendizado já foi grande, pois ela até já apresentou um teatro em grupo com os gestos do alfabeto. É inspirador, no mínimo.
E na sua instituição? Como funciona a iniciativa ao aprendizado de Libras? Também tem o recurso do ledor para cegos? Conte para a gente nos comentários!