Apesar de ser uma palavra inglesa e ter sido usada pela primeira vez apenas na década de 80, o bullying é um tipo de violência que ultrapassa gerações e que está espalhada por todo o globo, especialmente nos ambientes escolares.
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Ele é praticado sem motivações aparentes, onde o agressor tem como objetivo humilhar a vítima e, geralmente, sente prazer pela situação. Por outro lado, a pessoa que é atacada sofre consequências negativas diretamente na saúde mental e no âmbito social.
O que é bullying? De que forma ocorre?
O bullying é um tipo de violência marcado por características únicas. Por exemplo: ele não surge em uma discussão entre amigos que logo é resolvida e que se desenrolou a partir de um motivo simples.
A prática do bullying é intencional e ocorre repetidas vezes, podendo ser feita por um ou mais agressores e tendo como alvo uma pessoa ou mais vítimas. Sensações como medo, pressão, desconforto em estar num local específico e ansiedade fazem parte da vivência de quem sofre esse tipo de agressão.
Há ainda vários tipos de bullying, que são classificados pela maneira em que ocorrem: fisicamente, verbalmente, psicologicamente, de forma sexual, material, moral ou mesmo social. O cyberbullying, ou seja, a violência online, também se destaca como uma categoria desse tipo de hostilidade.
Como identificar o alvo do bullying?
Para a vítima, não é fácil se abrir sobre o assunto e pedir ajuda. Isso porque, muitas vezes, ela tem a impressão de que é a culpada da história. Porém, algumas características gerais podem ajudar os adultos a perceberem um possível alvo da violência:
- Crianças/adolescentes mais retraídos, tanto na escola, quanto em casa,
- Estudantes que apresentam baixo rendimento escolar, inclusive com muitas faltas;
- Casos em que há mudança de comportamento;
- Quem tem características físicas que fogem do padrão imposto, como por exemplo a altura, peso ou formato dos membros (nariz, orelhas);
- Pessoas que pertencem a grupos culturais, religiosos e étnicos que são considerados como minoritários em uma comunidade.
Como combater o bullying?
Estar aberto ao diálogo é o primeiro passo para combater o bullying. É dever da escola apresentar esse tipo de pauta aos pais, além de também envolver os alunos nessas orientações. Dessa forma, as ações a respeito do assunto poderão ser alinhadas por todos, o que promove uma maior interação entre os indivíduos.
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Para quem divide o dia a dia com crianças e adolescentes, é importante estar atento aos tipos de agressões, mesmo aquelas que sejam subentendidas como “pequenas”. Qualquer tipo de ofensa pode ter um impacto imprevisível no alvo. Priorizar o respeito entre as pessoas é uma ideia que deve estar em evidência.
Atualmente, já foram desenvolvidos diversos projetos de educação continuada aos educadores, principalmente sobre abordagens a respeito do bullying: como identificá-lo, quais os efeitos para os envolvidos e de que forma interferir em uma situação assim.
Todavia, é válido ressaltar que esse tipo de agressão não acontece apenas no ambiente escolar. Qualquer lugar em que crianças e adolescentes frequentem pode ser um espaço para praticar bullying: o meio familiar, a praça do bairro onde eles brincam ou o condomínio.
Quais as consequências do bullying?
A importância na prevenção do bullying se faz necessária quando as consequências são analisadas. De acordo com o tempo de exposição aos maus-tratos e a gravidade, os efeitos podem ser mais intensos e duradouros na vida da vítima.
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A desmotivação em relação aos estudos, desenvolvimento de déficit de concentração e queda no rendimento escolar podem resultar em evasão ou reprovação. Futuramente, esse quadro poderá afetar a carreira profissional desse indivíduo.
O círculo social da vítima tende a diminuir, já que ela se torna uma pessoa mais retraída, insegura e com dificuldade de estabelecer relações. Há menos iniciativa e mais desconfiança por parte de quem sofre com bullying.
Os efeitos na saúde mental, e até física, também não demoram para parecer: ansiedade, quadro de pânico, fobias, depressão e até pensamentos suicidas são consequências severas dessa violência. Sintomas como vômitos, problemas no estômago e dores pelo corpo também resultam de um quadro emocional abalado.
Contribua para que essa realidade não faça parte de ninguém ao seu redor. Apoie as causas e esteja ao dispor de quem deseja falar sobre o assunto. Consultar fontes confiáveis de conteúdos também é uma alternativa efetiva, além de ser uma forma de espalhar ainda mais informações referentes à prevenção do bullying.