Olá! Meu nome é Stefani e estou no terceiro período do curso superior de Ciências Biológicas, na Universidade Veiga de Almeida (UVA). No momento, estou cursando apenas cinco matérias, já que não quero arriscar o preço de uma mensalidade acima do que deveria pagar. Por causa disso, tornou-se frequente o número de vezes em que ouvi meus amigos falando sobre o alto custo da instituição e o quão injusto é você pagar por matérias online o mesmo preço aulas das presenciais.
Por isso, pensando sobre a situação, faço uma pergunta:
Por que devemos aceitar tal situação se o curso a distância é mais barato que o presencial?
Ando tendo algumas dúvidas se meu curso e faculdade são ideais a se seguir. O primeiro fator que me instigou a ter esses pensamentos foi o fato de não ter tido incentivo interno da própria faculdade que apoiasse eventos relacionados ao estudo da Biologia. A partir do momento em que você não se envolve com a parte prática do seu curso, é normal a confusão de achar que toda a parte teórica é em vão. Talvez seja daí que tenha surgido o famoso ditado “só se aprende na prática”.
Entretanto, preciso ressaltar que a infraestrutura da faculdade é de máxima qualidade. Temos o espaço e a aparelhagem perfeita para projetos de Iniciação Científica, porém não se ouve falar do interesse sobre isso nos corredores da universidade porque todos estão muito preocupados com as notas das avaliações. Afinal, muitos acham sua nota é o único fator que define se você é realmente qualificado.
Apesar da Veiga de Almeida promover tais projetos, não existe o incentivo por trás disso, nem mesmo a propaganda necessária para estimular os alunos a realizarem os mesmos. E sim, é dever da faculdade estimular a criatividade, imaginação e o sonho do universitário.
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O estudante tem o papel de estudar com o material que ele mesmo busca e com o material que ele absorve através dos projetos, congressos e viagens divulgadas pela instituição. Afinal, se é privada, é paga para graduar, pós-graduar, “mestrar” e/ou “doutorar”, como diz o panfleto. É claro que depende do aluno conseguir a formação que escolheu, mas a demonstração do conteúdo básico de representatividade daquele curso é dever de ninguém menos que a instituição.
Eu não sei se essa minha reflexão é apenas uma fase ou se me define como uma cidadã inconformada por pagar pela educação e ter que aceitar o sistema privado do modo que ele é. Estou seguindo meu terceiro período com esses debates na minha cabeça e analisando a situação de uma forma em que eu consiga ver uma luz no fim do túnel.
Espero que nos próximos períodos eu consiga enxergar uma diferença no número de estágios disponíveis, no aumento de congressos divulgados, de feiras científicas sobre assuntos sociais relacionados à saúde pública, na preocupação da universidade em querer ver o aluno cada vez mais envolvido com a matéria de uma forma que não seja somente avaliando sua nota semestral. Afinal, a nota é só um papel, o conteúdo é o aluno.
Por mais que pareça que eu não quero mais cursar Biologia depois de todo esse desabafo virtual, ainda quero. E muito. Só preciso direcionar minha crença em algo que continue me fazendo querer ir até o final. Não é sobre o dinheiro ou o que você faz pela sua faculdade, mas o que a sua faculdade é capaz de fazer por você.