Sabia que os estudantes de cursos na área de saúde têm a oportunidade de colocar a mão na massa durante a faculdade e ainda ajudar a comunidade? Estamos falando das clínicas-escolas e nesse post você entende a importância delas ;)
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A maioria dos cursos na área de saúde têm disciplinas práticas e estágio obrigatório. São oportunidades para os estudantes aprenderam na prática sua futura profissão. Por lei, as universidades devem promover essas experiências por meio das clínicas-escolas, monitorias, estágios, programas de iniciação científica ou de extensão.
O coordenador do curso de Fisioterapia do Faculdade dos Guararapes (UNIFG), Nuno Moreira, explica que o Estágio Supervisionado permite ao aluno a vivência da prática profissional, integrando-os na rotina de atendimento nos três níveis de atenção à saúde: a prevenção, o tratamento e a reabilitação. “Bem como a inserção em equipe multiprofissional, desenvolvendo as questões éticas e filosóficas frente ao cuidado com o paciente”,continua Nuno.
O que são as clínicas-escolas
As clínicas-escolas são centros de atendimento à comunidade dentro das instituições em áreas como odontologia, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia e outros. “No Centro Integrado de Saúde da UNIFG, nosso aluno vivencia todas as práticas profissionais e atendimento aos pacientes, fazendo com que a relação instituição-comunidade se aproxime ainda mais”, comenta o coordenador de Fisioterapia.
Para participar, os estudantes devem estar no final do curso, quando podem fazer os estágios, e devem passar por um processo seletivo. Os atendimentos são feitos sempre com a supervisão dos professores.
O que os estudantes ganham
Os alunos podem estagiar em várias áreas dentro das clínicas. No caso do curso de Fonoaudiologia da Universidade Veiga de Almeida (UVA), são feitos atendimentos na área da audição, voz, linguagem e motricidade orofacial. “Atendemos pacientes que têm dificuldade para mastigar, engolir, problemas na fala, e temos até um serviço específico para o público transgênero, de adaptação de voz da pessoa para aquela nova condição de gênero”, conta a coordenadora de estágio em Fonoaudiologia da UVA, Isabela Poli.
Dessa forma, os estudantes podem conhecer várias áreas no estágio. Para Lidiany Saraiva, aluna de Fisioterapia da UNIFG, isso é importante para os graduandos escolherem onde querem atuar quando se formarem.
Raissa Olegário Aguiar, graduanda de Fisioterapia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), acredita que nos atendimentos na clínica consegue desenvolver melhor a teoria que estudou em sala de aula. “O trabalho me permite ter um contato mais próximo com os pacientes e eu ganho mais experiência como profissional”, relata Raissa.
Para além de ganho profissional, a aluna de Fonoaudiologia da UVA, Ane Caroline Cruz da Silva, acrescenta que o estágio também ajuda a lidar melhor com o ser humano: “Buscamos conhecer o universo das pessoas que vêm aqui, entender suas dificuldades e ajudar a melhorar no que pudermos”.
O que comunidade ganha
Nas clínicas, além de adquirirem conhecimento, os alunos também podem ajudar a comunidade, já que o atendimento é feito num preço abaixo do mercado e, em alguns casos, até de forma gratuita.
O serviço visa atender a população de baixa renda próxima a comunidade. Para Juarez Gomes de Souza, atendido pela clínica-escola da UNIFG, o serviço gratuito e de qualidade é muito importante, justamente porque o público que busca as clínicas também procura o Sistema Único de Saúde (SUS), que não oferece um serviço de qualidade, na opinião de Juarez.
Já para Lea Genefort, que faz o tratamento de adaptação de voz na UVA, o serviço é essencial. “Para quem faz a transição de gênero, pode ser uma questão de vida ou de morte”, enfatiza Lea, levando em conta que o país tem altos índices de violência contra pessoas transsexuais.
Na UFES, o atendimento é gratuito e não beneficia só a sociedade, como avalia a coordenadora do projeto de Fisioterapia, Fernanda Moura: “Para universidade também é importante, pois garante o retorno social do investimento do dinheiro público na instituição e cumpre o papel de promoção de ações de extensão para comunidade”.
Lidiany Saraiva acredita que as clínicas-escolas impactam positivamente não só na saúde e qualidade de vida dos usuários, mas também na vida pessoal. “Muitas vezes atendemos pacientes com autoestima baixa e desanimados. Então, os estimulamos de forma positiva sobre o tratamento e em seguida eles retornam com expressões mais felizes e tranquilas. É uma troca de carinho.”, compartilha a aluna.
Na opinião de Maria Conceição Almeida, atendida pela clínica-escola da UFES, essa parceria entre alunos, professores e comunidade é excelente. “Contribuímos para a formação e crescimento dos alunos e saímos ganhando qualidade de vida, autoestima e perspectivas melhores”, aprova a senhora de 60 anos.
Serviço
Confira como contactar as clínicas-escolas citadas na matéria!
Centro Integrado de Saúde da Faculdade dos Guararapes (UNIFG)
Telefone: (81) 3461-5571
Endereço: Rua Comendador José Didier, 27, Piedade, Jaboatão dos Guararapes (PE)
Centro de Saúde da Universidade Veiga de Almeida (UVA)
Telefone: (21) 2502-3238
Endereço: Praça da Bandeira, 149, Praça da Bandeira, Rio de Janeiro (RJ)
Clínica-escola da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Telefone: (27) 4009-2222
Endereço: Rua Dióscoro Carneiro Filho, 1-27, Bonfim, Vitória (ES)