Bom, antes de começarmos a falar sobre o assunto, quero que saibam que eu vivi essa situação pouco mais de cinco anos da minha vida. Vou contar como foi esse período, as dificuldades que enfrentei e falar do meu ponto de vista sobre o assunto. Vamos lá?
Conheci a Carol, minha ex-namorada, ainda na época do Ensino Médio, eu tinha 17 anos e ela 20, (sim, ela era mais velha). Logo de início, eu tive que aprender a lidar com esse “lance” de conciliar namoro, faculdade e trabalho.
As dificuldades
Nós morávamos a 20 quilômetros de distância, eu trabalhava durante o dia e estudava de noite. Aos olhos de quem estava de fora, nosso relacionamento não daria certo nunca. Afinal, de onde tiraríamos tempo para se ver? E é aí, que veio o sacrifício. Antes de entrarmos no trabalho, logo pela manhã, madrugávamos no terminal de ônibus da cidade de Jandira (SP) para nos vermos. De final de semana, fazíamos a viagem de 20 quilômetros da minha casa para a dela ou vice-versa. Essa é a prova viva de que o amor vence barreiras (rs).
Após um ano juntos, começamos a fazer faculdade e foi aí que a coisa pegou para valer, já que a faculdade acabava tanto comigo quanto com ela. Infelizmente, eu fiquei apenas um semestre na faculdade, mas ela continuou firme e forte. Nós tínhamos que lidar com a situação, trabalho em cima de trabalho, cansaço, mas isso não venceu a gente. Alguns dias da semana eu ia até a faculdade para buscá-la, aos finais de semana a ajudava nos trabalhos da faculdade, época de férias tentávamos fazer alguma viagem ou programa juntos, ficamos nos arrastando por anos assim e quando ela se formou foi um alívio.
Entretanto, logo em seguida, eu também entrei para a faculdade e o jogo virou. Seguimos da mesma forma, nos vendo às vezes, ela me ajudando a fazer trabalhos, ouvindo meus choros e me apoiando em tudo. Houve parceria de ambos os lados, mas não vou negar que isso foi desgastante para ambos. Imagine só, nós ficamos anos praticamente sem dinheiro, sem tempo, sem muita perspectiva de casamento, mas estávamos ali, focados em crescer juntos.
Parceria apesar de todas as dificuldades
Irei me formar em dezembro desse ano e recentemente rompemos o relacionamento. Sei que o esforço, a motivação e entusiasmo tem que vir de dentro de nós mesmos, mas não tenho dúvidas que nesse processo todo, nessa correria que é minha vida, quem mais me apoiou e não me deixava abater foi ela.
Não expus minha história para que vocês pensem “own, que lindos”, mas para que entendam que é possível conciliar tudo isso, mesmo que não seja fácil. Para fazer isso dar certo, eu creio que acima de tudo é preciso existir amor, inclusive amor próprio. O que eu quero dizer com amor próprio é que, quem ama liberta, dá espaço e ajuda o outro a crescer.
Antes de tudo, é necessário sentar e conversar, um dizer para o outro o que imagina para o futuro, expor sonhos e ver se o outro aceita aquilo. Se você tem um relacionamento sério e seu/sua companheiro (a) te priva de crescer, acredito que é hora de repensar e ver se realmente vale a pena deixar seus sonhos de lado por um alguém que quer continuar estagnado enquanto você quer voar.
Outro ponto que acho crucial para isso dar certo, é dividir a sua rotina. Por exemplo, na faculdade tente focar somente nos estudos, durante o expediente do trabalho tente focar nele e, claro, aproveitar o almoço para estudar, não deixando também de dar um oi para o parceiro (a), nos finais de semana não deixe de estudar, mas separe horários para isso, separe um momento para você e a pessoa que você ama. O legal é que um possa ajudar o outro a crescer.
É isso aí galera, dá sim para conciliar, é só amadurecer a mente e seguir o baile!