Não basta estar matriculado em uma universidade (nesse, caso a Estácio Fib), tem que ser estudante de Direito e tem que ter praticamente duas vidas. Afinal, estudante de Direito não pega um “busão” e vai apenas para faculdade, tem que visitar quase todo dia a biblioteca da faculdade, pegar dois ou três livros e ir para tão esperada aula.
Não é fácil conciliar trabalho e faculdade. Às vezes penso que o trabalho não combina e nunca combinará com os estudos, como falei: é preciso ter duas “vidas”. Para ter uma boa formação, é preciso muita dedicação, perder noites estudando, levar sempre consigo um material com bons assuntos das disciplinas e estar totalmente concentrado no ciclo da arte da ciência jurídica.
Ainda estou no 3ª semestre, mas não foi rápido chegar onde estou. Um sufoco e uma vitória a cada semestre.
A cada dia mais uma carga pesada de estudos e mais trabalho cai sobre meus ombros. Afinal, nessa rotina, só me resta a madrugada silenciosa para colocar os conteúdos em dia. Imagine ter que acordar muito cedo para pegar o ônibus coletivo e enfrentar um trânsito nada legal para chegar à faculdade já cansado por ter viajado em pé no ônibus lotado carregando a mochila cheia de livros pesados.
Por isso, sei que meu dia não pode ser desperdiçado, é preciso aproveitar cada minuto: estudar dentro do ônibus ou do metrô, nos intervalos do trabalho e aos finais de semanas.
Acho que só fica pior quando chega a semanas de provas. Parece que o mundo para e nós só pensamos em estudar para as provas mais difíceis. Entretanto, dividir esse tempo com o horário corrido do trabalho não é nada “mole”, a saga de um universitário que trabalha é assim: é ter que enfrentar todos os dias os próprios limites.