A Universidade de Cambridge, localizada na cidade de Cambridge, no Reino Unido, é considerada a segunda universidade mais antiga do país e a quinta mais antiga do mundo.
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Além disso, está entre as dez melhores do mundo em 2019, de acordo com o QS World University Rankings.
Personagens históricos como Isaac Newton, John Thompson e Charles Darwin passaram pela Universidade de Cambridge, além de mais de 80 ganhadores do Prêmio Nobel.
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Dentre os 32 cursos de graduação oferecidos pela instituição, inclui-se Letras, nomeado Modern and Medieval Languages (MML).
Assim como no Brasil, os estudantes do curso escolhem duas combinações de idiomas, com a diferença de que a língua nativa não é estudada. As opções de idiomas são: francês, alemão, italiano, português, russo e espanhol. Os alunos também possuem a opção de combinar uma dessas línguas com latim clássico ou grego clássico.
Chris Robinson formou-se no curso de MML de Cambridge em 2018, onde estudou durante quatro anos os idiomas português e espanhol. "Desde a minha primeira aula de francês, aos 12 anos, tenho gostado muito de aprender línguas estrangeiras. Além de francês, tinha a oportunidade de estudar espanhol, que rapidamente virou a minha matéria preferida. Portanto, na hora de escolher o curso universitário não tinha como não optar por Letras".
O vestibular de Cambridge
Para participar do processo seletivo da instituição é necessário obter um exame de proficiência de inglês, no caso de estrangeiros. Além disso, é preciso se inscrever no Universities and Colleges Admissions Service (UCAS), órgão responsável pela inscrição em universidades britânicas.
Candidatos estrangeiros também devem participar da Cambridge Online Preliminary Application (COPA), um questionário desenvolvido pela Universidade de Cambridge.
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O próximo passo é enviar cartas de apresentação e recomendação à instituição, além da documentação. Se aprovado, o candidato passa por uma entrevista.
De acordo com Chris, o curso de Letras possui um processo seletivo diferenciado, que inclui duas entrevistas no idioma estrangeiro, além de uma prova específica.
O curso
Segundo Chris, os alunos de Letras possuem interesses e experiências distintas, mas compartilham do mesmo interesse em aprender línguas e estudar culturas estrangeiras.
Os conteúdos das disciplinas de línguas são mais focados em gramática do que em vocabulário, por uma questão de tempo. Mais tarde, ao longo do curso, os alunos têm a oportunidade de desenvolver o vocabulário durante o estágio no exterior.
No entanto, além do ensino de língua, o curso aborda a cultura e história estrangeira por meio do estudo da literatura ou do cinema. "Alguns exemplos de escritores/cineastas brasileiros que a gente estudou, foram: José de Alencar, Aluísio Azevedo, Oswald de Andrade, Glauber Rocha e Cacá Diegues", conta o estudante de Letras.
Os universitários também possuem à sua disposição uma biblioteca com um acervo de livros sobre idiomas, materiais do centro de línguas da universidade disponíveis e equipamentos de informática do Computer-Assisted Language Learned (CALL) como fones de ouvido para áudios e microfones para vídeos, para incentivar os alunos a aprender línguas estrangeiras de forma autônoma.
Estágio
O estágio é obrigatório no curso de MML em Cambridge. "Todo aluno tem que passar pelo menos oito meses em um país onde se fala uma das línguas estudadas ao longo do curso. Existem três opções: intercâmbio, trabalho voluntário e estágio comum", explica Chris.
É possível, ainda, estagiar em mais de uma modalidade. Chris, por exemplo, completou um semestre de estudos na Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ) e, depois, passou três meses em Moçambique atuando como intérprete.
Mercado de trabalho
Diferente do Brasil onde os profissionais atuam em sua área de formação, no Reino Unido é comum que as pessoas exerçam outras funções.
"Não conheço ninguém da minha turma de Letras que tenha virado professor ou tradutor. Por outro lado, a maioria dos meus colegas lá da FGV pretendiam atuar como cientistas sociais ou historiadores, de acordo com as matérias que estudávamos", relata Chris, que trabalha há seis meses como analista comercial em um time de futebol.
"Acho que a minha trajetória seria quase impossível no Brasil, mas aqui tudo é muito flexível", acrescenta.
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