Muitas pessoas ao terminarem a graduação querem ampliar o conhecimento em certa área ou assunto visto anteriormente ou, ainda, se dedicar à docência. O caminho para isso é o mestrado, um tipo de pós-graduação stricto sensu que aprofunda o estudante na área acadêmica.
O mestrado tem, em média, dois anos de duração e é dividido em duas categorias: profissionalizante e acadêmico. O primeiro forma profissionais que estão focados no mercado de trabalho. Nele o aluno terá maior contato com conhecimentos teóricos e analíticos sobre determinada área do conhecimento. Nessa matéria da Revista Quero você pode conferir qual o melhor tipo de mestrado para o seu momento.
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Já a vertente acadêmica é mais voltada para quem deseja ampliar o conhecimento a respeito de uma área ou assunto visto durante a graduação. É indicado para quem gosta de fazer pesquisas e, principalmente, para aqueles que querem ser professores.
E foi justamente para se aprofundar na carreira acadêmica que Laura Duarte Uliana, de 22 anos, deu início ao seu mestrado em comunicação na Faculdade Cásper Líbero. Ela conta que não trabalha no momento e, por isso, tem um pouco mais de tempo para conseguir lidar com a grande demanda de pesquisas do curso.
“A carga de leitura é muito alta, sem mencionar os trabalhos das disciplinas e, é claro, a dissertação. Não sei como faria se estivesse trabalhando, mas grande parte dos meus colegas trabalha e eles parecem conciliar bem, apesar de que alguns precisam virar a noite acordados para dar conta de tudo”, diz ela.
Se prepare para os trabalhos (e para os livros!)
O mestrado, conforme conta Laura, é realmente bastante intenso. Por semestre ela faz duas disciplinas, o que já é suficiente em razão da grande carga de leitura para cada uma. “Dependendo do professor, geralmente temos um trabalho por disciplina para entregar ao fim do semestre ou preparar um seminário”, conta a estudante. “No geral os trabalhos são artigos científicos relacionados ao tema da dissertação final que podem ser publicados depois.”
Segundo a aluna, além dos trabalhos de disciplinas, é necessário apresentar mais três seminários ao longo do curso em eventos dentro e fora da faculdade, além de mais três atividades programadas que contam como horas complementares.
“Eu organizo minha semana em blocos, sendo alguns horários para a pesquisa e a dissertação e outros para as leituras e trabalhos de disciplinas. É muito complicado ser disciplinada com os horários, mas não é impossível. Às vezes eu me enrolo mas acaba tudo dando certo”, ri ela.
Apesar da rotina cheia de obrigações, trabalhos e leituras, Laura diz gostar muito do curso de mestrado. Isso graças ao crescimento acadêmico que teve com as aulas. Segundo conta, o mestrado agrega para a vida profissional com o networking que você faz ao conhecer outros colegas da área e com a possibilidade de dar aulas em universidades.
"Mas o grande crescimento, para mim, foi pessoal: abri muito minha cabeça em relação ao fazer comunicação e ao pensar acadêmico, fiz muitos amigos, entrei em contato com ideias muito diferentes das que eu tinha e aprendi demais", afirma a mestranda.
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Ao final do curso é necessário entregar uma dissertação que, em resumo, é o resultado da pesquisa realizada durante o mestrado. Laura já está escrevendo a sua e precisa entregar a sua até janeiro de 2020. O tema escolhido pela estudante trata sobre as narrativas fotojornalísticas contemporâneas, como as publicadas pelo New York Times. "Quero analisar e entender de onde vem esta forma de contar histórias", ela conta.
Diferença da graduação
Uma graduação é bastante diferente de uma pós-graduação, ainda mais se tratando de um curso tão robusto como o mestrado. Para começar, para dar início à pós é necessário ser formado anteriormente em uma faculdade ou universidade.
Segundo conta Laura, a própria dinâmica na sala de aula já é diferente, "A sala de aula é em formato de meia-lua, não mais organizada em fileiras. Isso porque a aula é um debate sobre a matéria no qual todos participam, não havendo uma exposição do conteúdo", diz a mestranda.
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Conforme ela conta, o texto referente àquela aula é passado com antecedência para todos lerem e opinarem, além de levarem referências a partir das próprias pesquisas. "Quando entramos no mestrado da Cásper, a primeira coisa que os professores nos falam é que não somos alunos, mas pesquisadores. A diferença no tratamento é fundamental, afinal, as relações são mais horizontais."
E para o desenvolvimento da pesquisa e de sua dissertação, o aluno conta com a mentoria de um professor orientador que auxilia desde a escolha das disciplinas cursada até no desenvolvimento do trabalho final.
"E o legal é que temos colegas de todas as áreas. No meu caso, por exemplo, que sou formada em jornalismo, tenho colegas de publicidade, relações públicas, audiovisual, cinema... a pluralidade na sala é enorme e, portanto, temos trocas muito ricas", finaliza Laura.
Conheça algumas opções de cursos de mestrado
Quanto custa um mestrado?
A mensalidade de um programa de mestrado costuma variar bastante, porém, normalmente tais valores são bem altos. Com duração de até dois anos, os cursos variam entre R$ 34.000 a R$ 55.000, com mensalidades de R$1.000 a cerca de R$ 2.300.
É possível também conseguir uma vaga para um programa de mestrado em uma universidade pública que não exige o pagamento de mensalidades. Também existe a possibilidade do estudante buscar por uma bolsa de estudo para iniciar o seu mestrado em Educação.
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Existe bolsa de estudo para mestrado?
Sim, como dissemos acima, uma das possibilidades para começar o seu mestrado é encontrar uma bolsa de estudo. E, para isso, dê uma olhada nas opções oferecidas pelo Quero Bolsa!
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