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Como fazer uma boa proposta de intervenção no Enem

por Natália Plascak Jorge em 19/10/18 50 mil visualizações

Na redação do Enem, os candidatos precisam escrever um texto dissertativo-argumentativo (com introdução, desenvolvimento e conclusão), de no máximo 30 linhas, a partir de uma coletânea sobre um tema específico.

A proposta de intervenção acaba sendo uma das partes desse texto e uma das competências avaliadas que geram muitas dúvidas entre os participantes dessa prova.

Se você fica sempre desesperado quando precisa formular essa proposta de intervenção, pode se acalmar. Essa sensação pode ser compartilhada com muita gente, já que é preciso apresentar uma solução para o problema exposto e detalhar como isso pode ser feito.

Mas, vamos por partes? Primeiro, conheça todas as competências avaliadas na redação do Enem.

Veja também:
Calendário do Enem 2018

Competência 1 - Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.

Competência 2 - Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.

Competência 3 - Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

Competência 4 - Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.

Competência 5 - Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Agora que você já sabe qual é a competência 5 e do que ela trata, fica mais fácil de entender como é possível elaborar algo que corresponda às expectativas, certo?

Como fazer uma boa proposta de intervenção

Segundo a coordenadora de Redação do Poliedro São Paulo, Gabriela de Araújo Carvalho, uma boa proposta de intervenção do Enem leva em consideração quatro pilares fundamentais esperados pela banca avaliadora:

  1. Agente;
  2. Ação;
  3. Modo ou meio;
  4. Finalidade.
Lembre-se: ação ou modo/meio precisam estar detalhados, por isso, evite propostas vagas. Explore ações concretas, específicas e consistentes com o desenvolvimento de suas ideias.

Uma proposta de intervenção adequada deve ser composta de um conjunto: "QUEM" fará "O QUE" e "COMO".

Além disso, é importante lembrar que a proposta de intervenção deve estar intimamente relacionada ao desenvolvimento do texto.

O Manual de Redação do Enem 2018 reforça isso também:

"Considerando seu planejamento de escrita, ou seja, seu projeto de texto (avaliado na Competência 3), sua proposta deve ser coerente em relação à tese desenvolvida no texto e aos argumentos utilizados, já que expressa sua visão, como autor, das possíveis soluções para a questão discutida. Além disso, é necessário, ao idealizar sua proposta de intervenção, respeitar os direitos humanos, ou seja, não romper com os valores de cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade cultural."

Quais perguntas responder para formular uma boa proposta de intervenção no Enem

Antes de montar sua proposta, procure responder perguntas como:

  • O que é possível apresentar como proposta de intervenção para o problema abordado pelo tema?
  • Quem deve executá-la?
  • Como viabilizar essa proposta?
  • Qual efeito ela pode alcançar?
Não se esqueça de que a proposta de intervenção deve respeitar os direitos humanos. 

Como poderia ter sido feita a proposta de intervenção do Enem 2017

No Enem 2017, a redação teve como tema “Os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”.

Como muita gente sentiu na pele uma dificuldade tremenda em redigir alguma coisa com esse recorte, a Revista Quero pediu ajuda da Gabriela para mostrar possíveis propostas de intervenção que poderiam ser utilizadas.

Os candidatos poderiam ter feito:

  • algo em relação à popularização do ensino de Libras, como workshops itinerantes ou incentivo financeiro para profissionais bilíngues, por exemplo;
  • algo relacionado à fiscalização, como monitoramento por meio de aplicativos.

    A proposta de intervenção poderia ficar assim, segundo a professora Gabriela:
Portanto, é dever do Estado garantir o pleno acesso à educação às pessoas surdas e fiscalizar o cumprimento da lei. Cursos itinerantes de Libras para gestores e educadores devem ser financiados pelo poder público para que a segunda língua oficial do país seja difundida e levada para a sala de aula. A fiscalização pode ser feita por meio de aplicativos e atividades online que permitissem aos surdos avaliar seu próprio processo de aprendizagem e denunciar quaisquer exclusões relacionadas à surdez no ambiente escolar. Com isso, será possível a garantia de direitos a todos.

                    Veja também 

                    Modelo ideal de Redação Enem 2017

A visão sobre essa redação do Enem 2017 de quem vive essa realidade

A Bárbara Amorim Oliveira, de 21 anos, fez o Enem 2017 e contou para a Revista Quero um pouco da sua experiência com a prova. Ela é surda oralizada e utiliza próteses auditivas. A mãe dela teve suspeita de rubéola na gravidez. Com um ano de idade, ela fez o exame Bera, que acusou Deficiência Auditiva Profunda Bilateral.

“Achei bem interessante o tema da redação, pois ele chama atenção das pessoas para a nossa deficiência. Viver essa realidade me ajudou bastante na redação. No entanto, acredito que tenha faltado um pouco de informação. Os surdos não só utilizam a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para se comunicarem. Existem outros recursos como o próprio aparelho auditivo e a possibilidade de implante coclear para solucionar o problema. Deve-se manter essa discussão, mostrando que existem surdos oralizados, surdos sinalizados, surdos que utilizam somente a LOF (Leitura Oral Facial, também conhecida como Leitura Labial) e, principalmente, a participação deles na inclusão social”, disse Bárbara. 

E para você? É difícil elaborar uma proposta de intervenção para a redação do Enem? Compartilhe com a gente nos comentários.



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