Atualizado em 28/06/2021
Hoje (28), é comemorado o Dia do Orgulho LGBTQ+. A data faz referência à 1969, quando houve um protesto contra a perseguição da polícia às pessoas LGBTs no bar Stonewall Inn, em Nova Iorque (EUA).
O episódio foi um marco para a organização do movimento LGBTQ+, que começou a se organizar e lutar pelos seus direitos e contra a violência e discriminação. Em 1970, foi realizada a 1ª Parada do Orgulho LGBTQ+ do mundo, nos Estados Unidos.
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A Parada do Orgulho LGBTQ+ de São Paulo de 2019, em sua 23ª edição, reuniu cerca de 3 milhões de pessoas e é considerada a maior do mundo. O slogan desse ano foi: "50 Anos de Stonewall - Nossas Conquistas, Nosso Orgulho de ser LGBT+".
Graças ao movimento de luta, a causa LGBTQ+ está cada vez mais sendo abordada nos jornais, novelas, escolas e redes sociais. A luta por mais igualdade continua, pois a violência contra essa população ainda recorrente e alarmante.
Homofobia agora é crime
Nesse mês de junho, a comunidade LGBTQ+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e queers) brasileira assistiu a mais uma conquista: o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a criminalização da homofobia, a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero.
A partir de agora, a homofobia ou LGBTfobia passa a ser enquadrada na Lei de Racismo. O crime é inafiançável, imprescritível e pode ser punido de um a cinco anos de prisão e, em alguns casos, com multa.
O tema pode cair no vestibular?
Por ser um assunto da atualidade e estar diretamente relacionado aos direitos humanos, a questão LGBTQ+ também pode ser tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de outros vestibulares.
A coordenadora de Redação do Poliedro São Paulo, Gabriela Carvalho, acredita que o foco da redação pode ser a intolerância e violência física e/ou simbólica contra a população LGBTQ+, assim como foi em 2015 e 2016 com os temas violência contra mulher e intolerância religiosa. “O enfoque da prova é sempre algo que esteja violentando os Direitos Humanos e/ou a Constituição Federal”, explica Gabriela.
Prepare-se para a redação
A dica da professora Gabriela para se preparar para o tema é dar atenção às violências cotidianas por meio da leitura de jornais. Para te ajudar, confira alguns dados importantes sobre as violências e conquistas LGBTs.
Leia também: Guia definitivo para fazer uma Redação do Enem nota 1000
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+ O que é coesão e coerência na redação?
Dados sobre a violência contra as pessoas LBGTs
- Em 2018, foram registradas 420 mortes de LBGTs, sendo 320 homicídios, de acordo com o relatório “Mortes violentas da população LGBTQ+ no Brasil”, do Grupo Gay da Bahia.
- Houve uma diminuição de 6% em relação a 2017, quando registrou-se 445 mortes, o recorde em 39 anos, desde que o Grupo Gay da Bahia iniciou o monitoramento.
- Segundo os dados acima, a cada 20 horas uma pessoa lésbica, gay, bissexual e/ou transexual morre de forma violenta vítima da LGBTfobia.
- De acordo com o monitoramento da Rede Trans Brasil, em 2018, 150 transgêneros foram assassinados vítimas da transfobia.
- A relação homossexual é crime em 70 países, segundo o levantamento “Homofobia de Estado”, feito pela Associação Internacional de Gays, Lésbicas, Transexuais e Intersexuais (ILGA, na sigla em inglês).
Veja as últimas conquistas da luta LGBTQ+
- A homossexualidade deixou de ser classificado como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 17 de maio de 1990.
- Atualmente, na mesma data, é comemorado o Dia Internacional contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia.
- Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça do Brasil permitiu o casamento civil homoafetivo.
- Hoje, 26 países permitem a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Leia: Luta contra a homofobia: tudo o que você precisa saber sobre o tema
Argumentos e conclusão
Na hora de argumentar, a sugestão da professora é ressaltar o quanto a violência e intolerância com a comunidade LGBTQ+ é grave e urgente. Para construir esses argumentos você pode e deve usar dados como os citados acima, que estarão nos textos motivadores.
A redação do Enem sempre irá exigir uma proposta de solução para o problema apresentado. Lembre-se que a proposta não pode ferir os direitos humanos e deve ser detalhada.
A professora Gabriela dá um exemplo de conclusão possível: “Leis mais duras ou fiscalização das leis que já existem pelos órgãos competentes são boas saídas, além do cuidado com a cultura, por meio de ações em escolas, por exemplo”.
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