O 12º Fórum Global de Direitos Humanos aconteceu no último mês em Genebra, onde o Pacto Global da ONU no Brasil anunciou o lançamento do movimento 'Educa2030', uma das iniciativas para acelerar a Agenda 2030 da ONU.
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A proposta é engajar empresas a se comprometerem com metas importantes para o avanço da educação no Brasil, trabalhando o aumento da escolaridade da população, na inclusão produtiva de jovens e no aumento de mulheres em STEM (grupo de carreiras nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática), começando pelos próprios colaboradores.
As empresas Globo e Yduqs são as embaixadoras da iniciativa que tem como parceiros o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Ministério do Trabalho e Emprego.
Para o CEO do Pacto Global da ONU no Brasil, Carlo Pereira, essa é uma forma de impulsionar a empregabilidade no Brasil, desenvolvendo competências e habilidades que são importantes para o mercado de trabalho.
“Nosso foco com o movimento é conectar talentos com oportunidades de trabalho, fomentando uma força de trabalho diversificada e qualificada. É sobre abrir portas para carreiras promissoras e sustentáveis para nossa população. Esta é uma pauta indispensável para o desenvolvimento sustentável e o crescimento econômico do país”, afirma.
Para Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, o movimento 'Educa2030' possibilita uma articulação entre distintos atores com objetivo de potencializar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“É essencial o engajamento das empresas na promoção da formação profissional e a elevação da escolaridade de seus trabalhadores. A estratégia multiatores promovida pelo Pacto Global é essencial para inclusão social em nosso país”.
Principais pilares do 'Educa2030'
Principais pilares do 'Educa2030'
Escolaridade (possibilitar que os funcionários das empresas elevem sua escolaridade, sobretudo entre grupos subrepresentados, como pessoas negras, mulheres e PCD, considerando operações e cadeia de valor);
Inclusão Produtiva (promover a inclusão produtiva de jovens de 14 a 29 anos, com foco na Lei da Aprendizagem);
Mulheres no STEM (impulsionar o desenvolvimento de mulheres em carreiras STEM).
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Como as empresas devem aderir ao ‘Educa2030’?
Há alguns objetivos a serem atingidos até 2030. As empresas devem optar por um ou mais desses compromissos:
1. Opção A: Oferecer a todos os funcionários da organização que não possuem Ensino Médio ou Técnico a possibilidade de concluí-lo até 2030 ou
Opção B: Oferecer a todos os funcionários da organização e terceiros que não possuem Ensino Médio ou Técnico a possibilidade de concluí-lo até 2030 ou
Opção C: Meta de 30% de funcionários(as) da organização com Ensino Superior concluído até 2030
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2. Atingir a cota legal de Aprendiz até 2030, considerando a inclusão da diversidade, e formar todos os jovens em desenvolvimento sustentável
3. Oferecer desenvolvimento profissional para mulheres, e todas as suas interseccionalidades, em carreira STEM, seja em suas atividades finalísticas ou de suporte
Por que 'Educa2030' é importante?
O Brasil ocupa o segundo lugar, em uma lista com os 37 países com o maior número de jovens que não estão estudando, nem trabalhando (geração nem-nem). Cerca de 10 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos, de acordo com a OCDE e Pnad Contínua – Educação ( 2022 – 2023).
Abrir portas para esses jovens é um caminho que pode reverter esses dados. Segundo o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil 2022, se as empresas contratassem a cota máxima de 15% de aprendizes, até três milhões de vagas poderiam ser criadas para esse grupo.
Um outro dado que corrobora essa informação é do estudo feito pela Fundação Roberto Marinho, em 2022. A pesquisa apresenta que 68% dos jovens que participam de programas de aprendizagem conseguem emprego.
Ainda dentro dos pilares do 'Educa2030', as mulheres são muito menos propensas a progredir para além do nível de mestrado ou atuar em pesquisa: globalmente, 71% dos pesquisadores universitários são homens (UNESCO, 2020).
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No setor de STEM essa diferença é ainda maior, já que apenas 3% dos prêmios Nobel de ciências foram concedidos a mulheres. No Brasil, a representação de mulheres em cargos de liderança na área de Ciência e Tecnologia está entre 0% e 2%. Os dados são do relatório “Uma Equação desequilibrada: aumentar a participação das Mulheres na STEM na LAC”, produzido pela UNESCO.
Para que investir na educação superior?
Investir na educação superior é crucial para o desenvolvimento individual e coletivo. Ela oferece oportunidades únicas de aprimoramento de habilidades, conhecimento especializado e desenvolvimento de pensamento crítico.
Então, se a empresa em que você atua investe em você e no seu desenvolvimento profissional, aproveite as possibilidades de estudar para crescer ainda mais dentro da sua área de trabalho.
Vale lembrar que a modalidade de educação a distância também é uma possibilidade e oferece flexibilidade, permitindo conciliar estudos e trabalho.
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