Se você é jovem universitário (ou quase lá), cheio de novas ideias e com energia de sobra para mudar o país, você precisa conhecer as Empresas Juniores! É a sua chance de ter sua própria empresa dentro da faculdade.
As Empresa Juniores (EJs) são empresas administrada por alunos de graduação ou do ensino técnico supervisionados por professores. Elas podem ser de uma área de atuação como as agências de comunicação, que englobam estudantes de Relações Públicas, Jornalismo e outros, ou de um curso específico, como uma empresa júnior de Design, por exemplo.
A ideia de empresa júnior surgiu em 1967 na França e chegou ao Brasil na década de 1980. Segundo a Brasil Júnior, a Confederação Brasileira de Empresas Juniores, hoje o Brasil é recordista mundial em número de empresas juniores, são cerca de 800 ativas em todo país!
O objetivo das EJ’s é que os estudantes possam colocar em prática os ensinamentos da sala de aula, conhecer melhor o mercado e ter uma vivência empresarial e empreendedora durante a graduação. Mais do que isso, “o propósito do Movimento Empresa Júnior é formar empreendedores capazes e comprometidos a transformar o Brasil”, explica Laura Giovelli, assessora de imprensa da Brasil Júnior.
Rotina de mercado de trabalho
Para cumprir esse propósito, Laura Giovelli avisa: “Buscamos jovens proativos, que tenham vontade e brilho no olhos para aprender e fazer a diferença diferente”. Os universitários que se encaixam nesse perfil devem ficar de olho nas datas dos processos seletivos das EJ’s da sua universidade, que ocorrem, em geral, semestralmente.
Desde o início, os estudantes já podem sentir na pele o primeiro desafio do mercado de trabalho: a entrevista. Os processos seletivos envolvem etapas de dinâmicas em grupo e entrevistas, assim como nas empresas seniores, e existem vários cargos, como consultores, gerentes e diretores.
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Independente da função, o fato é que o estudante que se torna um empresário júnior tem muito a ganhar. Ainda durante o curso, o aluno conhece o funcionamento de uma empresa na prática, tem contato com clientes e projetos reais, toma decisões e aprende com seus erros.
Por conhecer os desafios profissionais ainda no ambiente universitário, o estudante desenvolve características muito visadas pelos recrutadores das empresas. “Os recrutadores sabem que você não é tão iniciante quanto os outros e que possui conhecimentos interpessoais que muitos vão demorar para desenvolver”, ressalta Lucas Roly, presidente da EJ de Consultoria Empresarial, Geração Júnior Nova Iguaçu, da Universidade Estácio de Sá, campus Nova Iguaçu (RJ).
Desenvolvimento para alunos, sociedade e universidade
Para Igor Lima, consultor empresarial na Geração Júnior, essa experiência está sendo fundamental para sua formação não só profissional, mas também interpessoal. “Aprendi várias habilidades como organização, liderança, responsabilidade, trabalho em equipe, pontualidade, trabalhar sob pressão e resiliência”, se orgulha Igor.
Não só os alunos se desenvolvem. As empresas podem ter acesso a um serviço barato e de qualidade, principalmente as de pequeno e médio porte. Assim, as EJ’s cumprem seu papel de contribuir de forma positiva na sociedade, como explica Laura Giovelli: “Os projetos realizados trarão soluções aos clientes e esses poderão melhorar as suas vidas e de mais pessoas”. As universidades, da mesma forma, saem ganhando, pois têm o projeto como um complemento da educação de seus alunos e uma forma de promover a instituição.
Todo dinheiro que a empresa júnior ganha com dos projetos é reinvestido na formação de seus membros e na própria empresa. Os empresários juniores não ganham salário ou bolsa-auxílio, mas não pense que por isso a experiência torna-se menos valiosa.
É o que compartilha Igor Chamarelli, consultor de recursos humanos da Geração Júnior Nova Iguaçu: “A empresa é levada muito a sério pelos seus alunos e colaboradores, mesmo não ganhando na parte financeira, todos se empenham em crescer e desenvolver projetos cada vez melhores”.
A responsabilidade dos membros da EJ’s é altíssima, o que exige muita dedicação e empenho dos seus membros. “Mesmo que seja uma empresa júnior, temos que entregar nossas atividades com muita qualidade, senão prejudicamos toda a empresa”, alerta Lucas Roly.
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