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Vestibular e Enem

Enem 2022: veja modelo de redação sobre valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil

por Juliana Gottardi em 08/12/22 12 mil visualizações

Atualizado em 13/10/2023

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 aconteceu nos dias 13 e 20 de novembro. A redação do exame, que foi realizada no primeiro dia de prova, teve como tema "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil".

Segundo a professora de redação do Oficina do Estudante, Vanessa Bottasso, o assunto foi “atual e visionário”, uma vez que ele passa pelos debates em torno de políticas ambientais e sociais e pela tendência do ambientalismo e da sustentabilidade.

modelo de redação sobre o tema que caiu no Enem 2022

Assim, os estudantes tiveram que escrever uma redação de até 30 linhas no modelo dissertativo-argumentativo. Para guiar o candidato, a prova disponibilizou quatro textos motivadores. Veja a seguir:

redação enem 2022

Até fevereiro de 2023, os candidatos do Enem ficarão na ansiedade para saber que nota tiraram, se cumpriram a proposta, entre outras questões. Pensando em diminuir a curiosidade desses estudantes, a Revista Quero apresenta um modelo de redação feito pelos autores de Produção de Texto do Sistema de Ensino pH. Confira!

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Exemplo de redação do Enem 2022

Para te ajudar a ter noção se você fez uma redação adequada a proposta do Enem 2022 e se teve um bom desempenho na prova, leia o modelo de texto abaixo, feito pelos autores de Produção de Texto do Sistema de Ensino pH.

“Desde 1500, tem mais invasão do que descobrimento, tem sangue retinto pisado, atrás do herói emoldurado, mulheres, tamoios, mulatos. Eu quero um país que não está no retrato”. Em 2019, a Estação Primeira de Mangueira trouxe à tona a dificuldade de reconhecimento de parcela invisibilizada da população brasileira, principalmente a composta por povos e comunidades tradicionais. O enredo explicitou um problema recorrente na realidade brasileira: a exclusão e a segregação de minorias sociais. Sob essa ótica, percebe-se que a desvalorização desses grupos ocorre ainda hoje por fatores econômicos e estatais. 
Sob uma primeira perspectiva, observa-se o impacto da economia na depreciação dos povos brasileiros. Em um sistema capitalista, há a priorização do lucro em detrimento do bem-estar de toda a sociedade. Nesse sentido, a interferência ilegal e desregulada no meio ambiente, visando à obtenção de matéria prima, torna-se comum. Dessa forma, como são comunidades ligadas de forma intrínseca à natureza - como ribeirinhos e pescadores -, os seus interesses se diferem dos das elites econômicas, as quais regem o comportamento da nação. Como consequência, as populações tradicionais não só presenciam a destruição de seus lares, mas também são constantemente vítimas de conflitos por posse de terras - como retratado no documentário “Vale dos esquecidos” -, cenário que dificulta a existência e a valorização desses grupos. 
Além disso, a negligência governamental prejudica o reconhecimento do valor das comunidades tradicionais. De acordo com o artigo 216 da Constituição Cidadã, o Estado tem a função de promover e proteger os patrimônios culturais brasileiros, que incluem bens materiais ou imateriais que contribuem para a identidade e para a memória de grupos que compõem o Brasil. No entanto, no que se refere a quilombolas e a outros povos tradicionais, nota-se que a realidade muito se distingue da Carta Magna, como pode ser observado, por exemplo, no pouco foco dado à história africana nas escolas e no abandono do Museu do Índio pelo governo carioca. Com isso, o desconhecimento sobre a cultura desses grupos é ampliado, perpetuando um cenário de subvalorização.
 Infere-se, portanto, que a economia e o governo dificultam a valorização de povos tradicionais brasileiros. Desse modo, é papel do Estado, responsável pelo bem-estar social, ampliar a fiscalização e a demarcação de terras protegidas, por intermédio da compra de tecnologias avançadas, como satélites e drones. Tal medida tem como objetivo o aumento da punição àqueles que ultrapassarem os limites demarcados e, consequentemente, a diminuição da destruição ambiental. Ademais, cabe à Mídia exibir campanhas que evidenciem a importância de culturas invisibilizadas, como a Quilombola e a Indígena, visando a estimular a população a exigir do Poder Público mais museus e centros culturais. Assim, o Brasil que pouco cabe no retrato, como dito no samba-enredo, poderá ganhar seu espaço.
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O que fazer com a nota do Enem?

O Enem é uma das principais formas de ingressar no ensino superior. Por meio da nota do Enem é possível se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade Para Todos (Prouni) e no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Além disso também dá para utilizar o resultado do Enem para se inscrever em instituições privadas. Para isso, é preciso consultar as regras de cada faculdade.

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Tudo que você precisa saber sobre a redação do Enem

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