Neste domingo, 8 de janeiro, ocorreu o primeiro dia da segunda fase do vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular, a Fuvest 2023, que permite a entrada na Universidade de São Paulo (USP).
Neste primeiro dia, os candidatos resolveram 10 questões dissertativas de Português e fizeram uma redação sobre o tema "Refugiados ambientais e vulnerabilidade social". Amanhã (9), no segundo dia, será a vez de realizarem a prova de disciplinas específicas de acordo com o curso escolhido.
Nesta edição, foram ofertadas 8.230 vagas pela Fuvest e 2.917 vagas pelo sistema Enem-USP, que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A lista com o nome de todos os candidatos aprovados na 2ª fase da Fuvest será divulgada em 30 de janeiro.
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Caderno de questões da Fuvest 2023
Acesse a seguir o caderno de provas do vestibular:
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Correção comentada do 1º dia da segunda fase da Fuvest 2023
Para te ajudar a saber se você foi bem nesse 1º dia de prova, confira os comentários de professores e diretores dos melhores cursinhos pré-vestibulares sobre as questões do primeiro dia da segunda fase da Fuvest:
Comentários do 1º dia de prova da segunda fase
De maneira geral, o diretor do Curso Anglo, Sérgio Paganim, comenta que a prova do 1º da segunda fase é uma retomada da tradição que a Fuvest já tinha consolidado antes da pandemia, ou seja, uma prova mais técnica e mais conteudista.
Em relação à Gramática e texto, os estudantes encontraram uma prova com uma variedade de gêneros textuais e também questões sobre figuras de linguagem, marcadores de coesão e pronomes. De acordo com o diretor, esses são temas clássicos da Fuvest.
"O que a Fuvest faz é voltar a cobrar assuntos mais técnicos, como o uso da vírgula, que pressupõe identificar funções sintáticas, figuras de linguagem, o duplo sentido de um pronome possessivo ou mesmo saber localizar o elemento de coesão e identificá-lo na frase", explica.
Ainda segundo Paganim, a prova seguiu a tradição com a presença de gêneros multimodais, como propaganda e charge em que há uma relação entre imagem e palavra.
Além disso, a banca contemplou questões sociais. A prova contou com itens relacionados ao meio ambiente, uma charge sobre a desigualdade de renda o Brasil e também apareceu a obra de Paulo Freire, Pedagogia do Oprimido.
Para a professora de Gramática e Interpretação de Texto do Oficina do Estudante, Liliane Negrão, a Fuvest manteve a tradição e apresentou características já conhecidas pelos estudantes, com questões de compreensão textual variedade dos gêneros textuais.
Negrão destaca os itens com um nível de dificuldade maior: provavelmente, o exercício 04 possa ter sido uma das questões mais difíceis, uma vez que o candidato teria que se atentar a detalhes das imagens para responder, com qualidade, ao item “b”.
A questão 06 também tem chances de ter causado insegurança ao vestibulando, já que, para responder ao que se pedia, o aluno teria que se lembrar de uma regra de uso obrigatório de vírgula, de acordo com a professora.
A prova de Literatura, de acordo com o diretor do Curso Anglo, foi de nível médio para difícil e exigia do estudante uma leitura aprofundada dos textos.
A Fuvest cobrou a obra Romanceiro da Inconfidência, uma questão considerada difícil; Campo Geral, obra de Guimarães Rosa que tem aparecido muito na Fuvest e cobrou Gregório de Matos, que apesar de ser considerado difícil por ser um autor antigo, foi uma das questões mais fáceis na visão do diretor.
Além disso, a prova de Literatura cobrou um diálogo entre três autores: Mario de Andrade, Gonçalves Dias e Carlos Drummond de Andrade em uma questão.
"Chamo atenção para uma prova de Literatura que é bastante fundada na leitura dos textos apresentados. Há um ou outro item que cobra uma percepção mais abrangente da obra, mas questões que exigem leitura profunda dos textos, tais como foram apresentados nas questões", comenta Paganim.
Segundo o professor de Literatura do Oficina do Estudante, Marcelo Maluf, "as questões, de maneira geral, cobraram, além da leitura das obras, a capacidade do candidato de interpretar textos de maneira densa e crítica".
A questão mais fácil, de acordo com Maluf, talvez tenha sido a de “Campo Geral”, em que o candidato deveria preencher algumas lacunas com sinônimos de verbos e adjetivos específicos, além de lembrar de um dos componentes mais importantes do conto: a dificuldade de enxergar de Miguilim.
Já a questão mais difícil, na visão do professor, provavelmente foi a de Alguma Poesia, já que o candidato precisava articular não só as discussões propostas pela obra como relacioná-las a Gonçalves Dias e Mário de Andrade.
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