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Faculdade das Estrelas: Gustavo Bertoni, da Scalene, estudou Direito e Publicidade na UniCEUB​​

por Isabela Giordan em 13/07/17 2,1 mil visualizações

Imagine a seguinte situação: você é um universitário que decidiu ter um plano B, mas quando, na verdade, o seu sonho é que sua banda seja reconhecida pelo som que faz. Depois de anos na estrada, sua carreira musical começa a deslanchar, mas ainda existe a faculdade! E agora? O que fazer? Foi por essa situação que Gustavo Bertoni, cantor e guitarrista da banda Scalene, passou.

No ano de 2015, a Scalene começou a ser muito reconhecida no meio musical e a situação ficou ainda "pior" quando eles conseguiram ingressar no SuperStar, um reality show da Rede Globo com um concurso entre bandas.


Foto: Reprodução/Instagram

Quer saber como Gustavo lidou com esse impasse entre carreira e estudos? Confira a entrevista exclusiva feita pela Revista Quero

Revista Quero: Qual curso você fez? E em qual faculdade?

Gustavo Bertoni: Eu estudei um semestre de ​D​ireito e ​quatro​ de ​Publicidade e Propaganda no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) ​.

RQB: Por que você escolheu esse curso?

GB: Eu já sabia que queria ser músico​ e decidi que a f​aculdade seria um plano B. Entrei em ​Direito por causa do meu pai e amigos, mas logo já vi que não era o que queria. Então, comecei Publicidade que tinha mais a ver com o mundo da música.

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​​RQB: Alguém da sua família te influenciou nesse processo?

GB: Eles me deixaram bem à vontade pra fazer essa escolha.


​RQB: Qual matéria da faculdade você mais gostou? 

GB: Semiótica e História da Arte porque as professoras eram muito boas. Elas desafiavam, influenciavam o pensamento próprio e se impunham quando a galera agia achando que ainda estavam na escola. També​m porque gosto de absorver e comparar os padrões de diferentes linguagens. Por exemplo, como e porque eles se estabelecem para depois serem questionados, quando e onde eles aparecem e pra onde se dissipam.

​RQB: Qual você menos gostou?

GB: Sinceramente, não lembro muito o nome das matérias. Não era o aluno mais dedicado. Acho que fotografia foi um pouco frustrante porque era raso demais.

​​RQB: Você teve que conciliar a carreira com a banda? Como que você fez isso dar certo?

GB: J​á​ era difícil focar e me sentir engajado na faculdade porque vivia pensando em música e na nossa carreira durante as aulas. Não tinha maturidade pra separar as coisas direito. E, juntando o ambiente acadêmico com o ambiente social da minha faculdade (especificamente),​ eu realmente não queria muito estar lá. Fazia o mínimo pra passar nas matérias e não faltar demais. Alguns projetos mais criativos eu até me amarrava em fazer.


Foto: Divulgação/GShow

Até que era tranquilo conciliar carreira e faculdade,​ pois até 2014 não viajava quase todo fim de semana e a demanda de trabalho era menor. Porém, a partir de 2015, com o crescimento e conquistas da banda​,​ ficou muito claro pra nós e nossos pais que teríamos que focar todos nossos esforços na carreira.

​​RQB: No que o seu curso te auxiliou na sua carreira?

GB: No "approach" de encarar o que faço como produto de uma marca também. Sem deixar que isso limite ou enrijeça nossa produção artística - entender pra quem, como, onde e porque entregamos nosso produto é muito importante. Amarrar a mensagem da banda com a identidade visual, desenvolver um tom nas redes sociais, etc.​

T​udo isso surge naturalmente quando se faz algo ​há oito​ anos como fazemos e isso faz parte do processo. Acredito que, mesmo na arte, é importante profissionalizar e buscar comunicar as coisas da forma mais eficiente possível.

​​RQB: Que dica você daria para aqueles que estão na dúvida se vale a pena fazer uma faculdade ou não conseguem decidir escolher o curso?

GB: Faça o que ama e o fará com paixão e entrega, com isso virá a dedicação e eficiência. Não tenha pressa para entender o que quer. Teste e experimente, acredito que estudar, em qualquer circunstância, é algo bom! Lembre-se que há várias possibilidades na vida e a faculdade é uma delas. Não estudar, não ralar ou não se aprofundar em nada... aí sim, não é uma possibilidade.

Gustavo preferiu aproveitar o momento e seguir o seu sonho! Quando tiver que lidar com questionamentos parecidos com esse, . Talvez dessa forma fique mais fácil de decidir qual será o seu futuro! ;)

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