O Ministério da Educação iniciou uma análise sobre a possibilidade de utilizar as notas dos estudantes do 3º ano do ensino médio no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A proposta envolve a revisão da avaliação da qualidade do aprendizado no país.
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Imagem: Shutterstock/Brenda Rocha
O ministro da Educação, Camilo Santana, antecipou essa ideia durante o programa Conexão, da Rádio Verdinha FM 92.5, no último dia 2 de setembro.
Ainda neste mês, as redes de ensino e os educadores serão consultados para discutir a medida. Caso haja implementação, a mudança será aplicada na prova de 2025, com os primeiros resultados previstos para 2026.
"Nós vamos passar por um processo de reavaliação depois desse ciclo de quase 18 anos desde quando o Ideb foi criado para ver de qual forma nós vamos modelar ou simplificar, ou exigir um indicador mais avançado para melhorar a qualidade", iniciou.
Uma das alterações em consideração é a utilização da nota do Enem para substituir a necessidade dos estudantes do 3º ano do ensino médio realizarem o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
"No terceiro ano do Ensino Médio, os alunos fazem duas provas: a do Saeb e a do Enem. São duas provas que acabam competindo entre si. É mais conveniente que o Enem seja a avaliação, já que o estudante está focado nessa prova", afirmou.
A decisão não foi concretizada e o ministro comentou que pretende ouvir profissionais da educação, antes de estabelecer o andamento da decisão. Ele também mencionou a necessidade de contemplar o cenário da desigualdade na formulação de um novo Ideb.
“A gente sabe que tem uma desigualdade muito grande entre alunos brancos e negros, entre quilombolas, alunos indígenas, escolas indígenas, então a gente também [quer] reduzir as desigualdades educacionais também com a mensuração do novo Ideb”, concluiu Santana.
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O que é Ideb?
É o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Segundo a organização Todos Pela Educação, o Ideb é uma das primeiras iniciativas do Brasil para medir a qualidade do aprendizado nacionalmente e estabelecer metas para a melhoria do ensino.
O Ideb é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho em português e matemática nos exames aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente.
As médias de desempenho utilizadas são as do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) para escolas e municípios para os estados e o País, realizados a cada dois anos.
+ Ideb: o que é, como é calculado e o desempenho do Brasil nos últimos anos
O que o Saeb?
De acordo com o Governo, o Sistema de Avaliação da Educação Básica é um conjunto de avaliações externas que permite ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de fatores que podem interferir no desempenho do estudante.
Por meio de testes e questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra da rede privada, o Saeb reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes avaliados, explicando esses resultados a partir de uma série de informações contextuais.
O resultado da avaliação é um indicativo da qualidade do ensino brasileiro e oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais com base em evidências.
As médias de desempenho dos estudantes, apuradas no Saeb, juntamente com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar, compõem o Ideb.
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