A Teoria de Resposta ao Item, a famosa TRI é o método utilizado para corrigir as provas do Enem, garantindo uma avaliação mais justa . Diferente do sistema de correção tradicional, a TRI considera o grau de dificuldade das questões e a coerência nas respostas do candidato.
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Esse modelo foi adotado para evitar que acertos por chute gerem uma nota alta, oferecendo uma análise mais detalhada do conhecimento dos candidatos. Além do Enem, o TRI também é utilizado em outros sistemas de avaliação como o Encceja, o SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e o Exame TOEFL nos Estados Unidos.
A seguir, você entende tudo sobre como funciona a nota TRI do Enem, confira!
O que é o TRI do Enem?
A TRI (Teoria de Resposta ao Item) é o método de correção utilizado nas provas do Enem para medir o desempenho dos candidatos de maneira mais precisa. Diferente de uma correção que atribui pontos fixos por questão, o TRI leva em consideração três fatores principais: a dificuldade de cada questão, a coerência das respostas e a probabilidade de acerto por chute.
Esse modelo classifica as questões em níveis de dificuldade (fácil, médio e difícil) e avalia se o candidato responde corretamente a questões de diferentes graus de dificuldade de forma coerente.
Por exemplo, se um estudante acerta uma questão difícil, mas erra várias fáceis, o sistema pode entender que houve sorte ou chute. Assim, a nota final não depende apenas do número de acertos, mas também de como o candidato acerta, penalizando acertos isolados e recompensando o desempenho verdadeiro.
Assim, conforme explica Rodrigo do Carmo, professor de matemática do curso pré-vestibular Oficina do Estudante, o TRI permite avaliar um candidato de acordo com aquilo que ele sabe ou adquiriu de conhecimento com o passar dos anos, o chamado "traço latente".
“No ENEM, cada pergunta teste é considerada como se fosse dissertativa, isto é, leva em consideração o raciocínio do aluno, os passos que o aluno fez para ele chegar naquela resposta. Se analisarmos as alternativas de cada item do Enem na forma de um degrau, sendo o degrau zero o aluno que não sabe nada daquele item e um degrau 3 ou 4 o aluno que sabe tudo. Portanto, cada um desses degraus tem uma alternativa correspondente e o aluno que fez 40% da questão tem o item correspondente o aluno que fez 70% da questão tem uma outra alternativa correspondente, e assim por diante”, enfatiza Rodrigo.
Como o TRI calcula a nota do Enem?
O cálculo da nota do Enem pelo TRI é baseado em uma análise detalhada do desempenho do candidato em cada questão da prova. O processo envolve três principais aspectos:
Discriminação: Esse parâmetro avalia a capacidade da questão de diferenciar entre os candidatos que dominam a área de conhecimento e aqueles que não dominam. Ou seja, ela discrimina quem realmente sabe o conteúdo de quem ainda não adquiriu aquele conhecimento.
Dificuldade: Está associada ao nível de dificuldade da habilidade exigida pela pergunta. Questões mais difíceis recebem um peso maior na pontuação final.
Acerto casual: A TRI também considera a probabilidade de um candidato acertar uma pergunta sem dominar a habilidade necessária, ou seja, por chute. Se o padrão de respostas indicar inconsistência, como acertos em questões difíceis e erros em fáceis, o sistema ajusta a nota para evitar que chutes aumentem injustamente a pontuação.
Além desses fatores, a nota é calculada em uma escala de 100 a 1000 pontos, com o valor de 500 representando questões de dificuldade mediana. Questões mais fáceis ficam abaixo de 500 e as mais difíceis, acima.
O resultado final é uma pontuação que não depende apenas do número de acertos, mas do padrão de acertos, ou seja, qualidade e consistência das respostas. Esse modelo garante que a avaliação seja mais justa, pois penaliza chutes e valoriza o conhecimento real do candidato.
O que o TRI considera fácil?
O TRI considera uma questão fácil quando uma porcentagem alta de participantes a acerta. No entanto, essa classificação não é informada durante a prova. As questões só recebem a definição de dificuldade depois que as respostas dos estudantes são analisadas.
Se a maioria dos candidatos acerta uma questão, ela é classificada como fácil. Por outro lado, se apenas uma pequena porcentagem consegue acertá-la, a questão é considerada difícil. Portanto, o nível de dificuldade depende do desempenho geral dos participantes na prova.
Como aumentar a sua nota no Enem com a TRI?
No Enem, é fundamental entender que perguntas fáceis, médias e difíceis estão misturadas e que, ao invés de realizar as questões na ordem em que elas aparecem no exame, deve-se fazê-las na ordem crescente de dificuldade, pois assim o tempo será melhor utilizado.
A partir disso, o professor do Curso Pré-vestibular Oficina do Estudante reforça que uma resposta nunca deve ser chutada, apenas em último caso.
“O ideal seria resolver a prova em leituras. Então ele faz uma primeira leitura, resolve as fáceis, marca as médias. Faz uma segunda leitura, resolve as médias, marca as difíceis. Na terceira leitura ele vai tentar resolver as difíceis e as que ele não resolveu, poderá chutar”, explica Rodrigo.
Por fim, a principal dica que o docente dá para estudantes é entender que o Enem pode avaliar a sua contradição durante a resolução do vestibular, então o ideal é organizar melhor o tempo para realmente conseguir fazer todas as questões fáceis e médias, pelo menos.
“Um aluno que tem 18 acertos em matemática pode tirar, por exemplo, de 500 a 690 pontos, dependendo de sua coerência pedagógica, isto é, você não pode se contradizer. Se o candidato chuta por chutar ou por faltar tempo, ele pode contradizer tudo aquilo que ele falou ou tudo aquilo que ele aprendeu, incluindo acertar uma questão difícil e errar uma questão fácil. Por isso, é fundamental distribuir da melhor forma o tempo de resolução das questões”, finaliza Rodrigo.
Além do Enem, como entrar na faculdade?
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