Conseguir reconhecer e controlar as emoções, de forma organizada, pode ser considerado uma habilidade nos dias de hoje, em que as informações chegam a todos os instantes. Esse modo de agir determina o que é inteligência emocional na prática.
A inteligência emocional engloba um conjunto de aptidões ao conhecer e processar uma emoção, perante situações externas ou o próprio pensamento. O termo foi criado na década de 90, pelo estadunidense Daniel Goleman.
O que é inteligência emocional?
Agir de forma consciente, praticar a empatia, lidar com o estresse e garantir relações saudáveis são características geradas pela inteligência emocional.
No geral, é preciso alinhar as descobertas feitas através do autoconhecimento, sobre si próprio e o que as emoções lhe causam, e aplicá-las no dia a dia, colocando-se no local do outro e tendo consciência das suas ações.
Quais são os 4 pilares da inteligência emocional?
1) Autoconsciência
A autoconsciência diz respeito a estar ciente das emoções e conseguir reconhecê-las quando surgem. É interpretá-las e validar o que está sendo sentido. Por exemplo: ao sentir-se com raiva, entender o porquê e refletir se há outra emoção ali, como tristeza.
Para ajudar na autoconsciência, é válido atentar-se a componentes psicológicos e físicos. Quando você está com raiva, por exemplo, sentirá pensamentos relacionados à emoção, como “não gosto dessa pessoa” ou “ela é uma pessoa ruim”.
Já os componentes físicos se manifestam de outra forma: na raiva, você pode sentir taquicardia e tremor.
A autoconsciência pode ser desenvolvida através de meditação (consciência plena), anotação de ideias e até ouvindo o que as pessoas têm a dizer sobre você.
2) Autogerenciamento
Autogerenciar as próprias emoções é organizá-las e buscar as melhores formas de expressá-las, como por exemplo estratégias para driblar o nervosismo ou timidez ao falar com o público.
Identificar o que você está sentindo, como dito no tópico anterior, é o primeiro passo. Mantenha-se consciente do sentimento e, sempre que possível, anote as situações que você sente emoções negativas, isso facilita para relembrá-las e criar uma estratégia.
Conversar consigo mesmo também é uma maneira de desenvolver autogerenciamento, além de pensar nas consequências antes de agir. Se você falar com alguém na grosseria, poderá receber respostas no mesmo tom.
3) Consciência social
Lembre-se: ninguém pensa igual e você nunca vai saber o que o outro está pensando. Quando se fala sobre o que é inteligência emocional, é preciso considerar também o meio social em que estamos inseridos.
Por isso, sempre considerar as diferenças de pensamentos é essencial. A consciência social é a quando tentamos ver o mundo do ponto de vista de outro indivíduo, levando em consideração suas experiências, vivências e posicionamentos.
Estar atento à forma como a pessoa se comunica, pode facilitar essa percepção sob os pensamentos que ela tem. Pratique a empatia, coloque em prática a escuta ativa e esteja sempre ciente de suas próprias emoções, para evitar erros de interpretação.
4) Gerenciamento de relacionamentos
Este é o último pilar que engloba o que é inteligência emocional, que é a forma como respondemos às emoções dos outros e moldamos os relacionamentos em que estamos inseridos.
É necessário ter atenção a como as pessoas respondem nossas ações, principalmente por meio da comunicação verbal e não-verbal. Gerenciar relacionamentos é saber como nossas emoções afetam o outro e vice-versa.
Para desenvolver essa habilidade, é importante que as anteriores já estejam bem definidas. Para ter isso mais claro, escreva para si os seus pontos fortes em cada pilar.
Ao ter uma noção prévia da ação dos outros, fica mais fácil pensar em questões para respondê-los ou agir da melhor forma para todos os envolvidos.
Quais são as 5 habilidades da inteligência emocional?
Em relação a como desenvolver a inteligência emocional, de acordo com o Daniel Goleman, psicólogo e jornalista criador do termo, existem cinco habilidades a serem realizadas:
1) Conhecimento das próprias emoções:
O autoconhecimento é semelhante à autoconsciência. É uma forma de analisar as emoções e estímulos, reconhecendo até mesmo aquilo que não é confortável.
2) Controle das emoções:
Ter uma autopercepção de como cada emoção faz você reagir, seja com pensamentos ou sensações físicas.
3) Automotivação:
Não aceite características que não te fazem bem como algo imutável. É importante pensar que sempre é possível mudar, e que a mudança sempre gera melhorias.
4) Empatia:
Apesar de ser uma escolha colocá-la em prática, a empatia deve estar sempre presente. Coloque-se no lugar do próximo.
5) Relacionamentos interpessoais:
As relações devem ser baseadas no respeito mútuo. Saiba reconhecer o que o outro está sentindo, mas não ignore as suas próprias emoções e o que elas significam para a relação.
Como criar um filho com inteligência emocional?
Para entender a emoção das crianças, é importante que os pais saibam e pratiquem o que é inteligência emocional. Ao entenderem o conceito, poderão praticá-lo e servirem de exemplo para os mais novos.
Crianças criadas a partir de responsáveis que possuem inteligência emocional, são menos agressivas, mais sociáveis e abertas ao diálogo e tendem a lidar com mais flexibilidade aos problemas.
Veja a seguir como desenvolver a inteligência emocional nascrianças:
Incentive o seu filho a sempre expressar os sentimentos;
Mostre formas adequadas de demonstrar as emoções;
Ensine à criança o que é empatia e sua importância;
Valide as emoções do seu filho e demonstre estar ao lado dele (empatia);
Ensine a como lidar com as emoções, por exemplo através do diálogo, escrita, atividades físicas ou fazer desenhos;
Respeite as emoções da criança e fale sobre isso com ele;
Imponha limites;
Evite cobranças excessivas;
Desenvolva a resiliência.
Livros inteligência emocional: 5 opções
Se você está buscando formas de aprender mais sobre inteligência emocional, tem 5 livros que você precisa ler para se desenvolver. São eles:
1) Inteligência Emocional Daniel Goleman:
Publicado em 1995, nos Estados Unidos, Inteligência Emocional Daniel Goleman marcou o surgimento do termo e as práticas de como desenvolver inteligência emocional.
2) O Cérebro da Criança:
Neste livro, são abordadas 12 estratégias para nutrir a mente dos mais novos e ajudá-los no desenvolvimento, assim como toda a família a lidar com a relação.
3) Cérebro Adolescente:
A obra é voltada para a fase dos 12 aos 24 anos, tida como um período difícil em relação à educação emocional e mudanças no cérebro.
4) As cinco feridas emocionais: Como superar os sentimentos que impedem a sua felicidade
O livro fala sobre o sentimento de culpar alguém ou a si próprio quando algo dá errado. A ideia é trabalhar a compaixão e aplicá-la, com nós e os outros.
5) Inteligência Emocional 2.0: Você Sabe Usar a Sua?
Levando em consideração os dias atuais, com o recebimento e necessidade instantânea de resposta às informações, este livro aborda como podemos lidar com prazos e desafios desta realidade.