Nesta segunda-feira (19), é comemorado o Dia Mundial da Fotografia. A data foi criada em homenagem à invenção do daguerreótipo, feita por Louis Daguerre no dia 19 de agosto de 1839.
O objeto foi o primeiro equipamento de registro fotográfico a ser comercializado para o público. Desde então, diversas mudanças e melhorias foram feitas até o surgimento das câmeras fotográficas atuais.
Com o fácil acesso à câmeras que estão presentes até mesmo em smartphones, o ato de fotografar faz parte do dia a dia de um grande número de pessoas que desejam registrar uma ocasião.
No entanto, a fotografia profissional diferencia-se da amadora, principalmente, pelo uso de técnicas de equipamentos fotográficos.
Atualmente, não há uma regulamentação sobre a carreira de fotógrafo no Brasil. Apesar de não ser um pré-requisito ter um diploma na área, o mestre em Comunicação Social e professor dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Mackenzie, Fernando Pereira, ressalta a importância de fazer o curso de Fotografia para conhecer os aspectos técnicos da atividade.
Pereira já ministrou aulas de Fotografia na universidade e possui experiência na área de fotojornalismo em redações e empresas, no setor de jornalismo empresarial.
O curso
O curso de Fotografia é oferecido nos graus tecnológico e bacharelado. O bacharelado é oferecido em apenas algumas instituições, nas quais o aluno entra em contato com as principais teorias, técnicas e linguagens de diferentes tipos de fotografia.
Além disso, os estudantes aprendem a administrar acervos e a desenvolver críticas. O bacharelado possui duração média de quatro anos e, para obter o diploma, é necessário apresentar o Trabalho de Conclusão de Curso.
Já o curso tecnológico possui um conteúdo mais voltado para atividades práticas. Disciplinas como fotojornalismo, fotografia publicitária e direção fotográfica fazem parte da grade curricular. Os conteúdos teóricos incluem disciplinas sobre história da arte, ética e história da fotografia. A duração média do curso é de dois anos.
Segundo o professor e fotojornalista, porém, a formação do fotógrafo não se limita ao curso. "É [preciso] ler muito, ver exposições de fotografia e ir a museus para conhecer o que os grandes artistas da pintura fazem com a iluminação. É aí que você aprende a iluminar", conta.
Pereira acrescenta, ainda, a importância de conhecer grandes referências da área. "De Cartier-Bresson a Sebastião Salgado, Araquém Alcântara, Steve Mccurry ”.
Mercado de trabalho
O fotógrafo profissional pode atuar em agências de publicidade, estúdios fotográficos e em veículos de comunicação. Contudo, Pereira ressalta que a grande maioria dos fotógrafos atuam por conta própria.
Segundo o professor, para ingressar no mercado é necessário “ficar antenado no que o mercado está precisando ao ler muito, conversar com pessoas da área e ficar ligado na internet sobre o que está rolando nos diferentes mercados”, pois são essas atitudes que proporcionam o reconhecimento do profissional.
Além disso, Pereira destacou quais equipamentos são indispensáveis. "Uma lente básica, que seria uma 18x70, e uma 70x210 porque aí você consegue cobrir uma gama maior de assuntos para fotografar. Ou, se conseguir comprar uma cinquentinha, que também é uma lente maravilhosa para trabalhar, super clara. E um bom flash, da mesma marca que a câmera".
A qualidade das fotografias valoriza o trabalho do fotógrafo e, consequentemente, o preço do serviço prestado também pode subir. Segundo o professor, alguns fotógrafos chegam a cobrar seis mil por trabalho.
O segredo, segundo ele, é encontrar "um nicho de mercado, algo que ninguém está fazendo ou que esteja fazendo mas que você faça de uma maneira diferente. Ser o diferencial no mercado, não fazer o que todo mundo faz", conclui.
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