No Brasil, a Páscoa é um feriado nacional que marca a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada todos os anos no domingo após a Sexta-Feira Santa, a qual simboliza a morte de Jesus. Em 2024, a Sexta-Feira Santa vai ser no dia 29 de março, já a Páscoa, em 31 de março.
No entanto, a data específica da Páscoa é diferente em cada ano, geralmente ocorrendo entre os meses de março e abril, a depender do calendário lunar. A definição da data foi estabelecida pela Igreja Católica no Concílio de Niceia, realizado no século IV d.C.
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Mais do que símbolos como o coelho da Páscoa e ovos de chocolate, a Páscoa é uma celebração muito importante do calendário religioso cristão devido ao seu significado: no Judaísmo, comemora-se a libertação dos israelitas da escravidão no Egito, enquanto no Cristianismo, celebra-se a ressurreição de Jesus Cristo.
Desta forma, a essência da Páscoa transcende as celebrações contemporâneas e os ícones comerciais associados a ela. Entenda melhor a seguir qual a origem da Páscoa, qual a sua importância, conheça algumas das principais tradições pascais e confira qual é o verdadeiro significado da Páscoa!
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Qual a origem da Páscoa?
A origem da Páscoa está profundamente enraizada em tradições religiosas antigas, entre diferentes culturas e crenças ao longo da história. Na Antiguidade, a Páscoa era uma festa ligada ao ambiente pastoril e agrário, uma festa em comemoração do nascimento das ovelhas na primavera, conforme relata o coordenador do curso de teologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Gerson Leite de Moraes.
No entanto, a Páscoa, ou "Pessach" para os judeus, tem origem na tradição judaica, e marca a libertação dos israelitas da escravidão no Egito, um evento narrado no livro bíblico do Êxodo. Pessach, por exemplo, significa saída, passagem, esperança.
Assim, a Páscoa judaica é marcada por rituais e cerimônias que remetem à passagem dos israelitas pelo Mar Vermelho, escapando das forças do faraó. Essa celebração não é apenas uma recordação da libertação física, mas também simboliza a liberdade espiritual e a renovação da fé.
Na tradição cristã, a Páscoa adquire um novo significado: a ressurreição de Jesus Cristo, que, de acordo com o Novo Testamento, ocorreu no terceiro dia após sua crucificação. Este evento é considerado o fundamento da fé cristã, simbolizando a vitória sobre a morte e a promessa de vida eterna para aqueles que creem.
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O que é o verdadeiro significado da Páscoa?
O verdadeiro significado da Páscoa, tanto na tradição judaica quanto na cristã, é a celebração da libertação e da renovação da vida. Para o Judaísmo, representa a libertação dos israelitas da escravidão no Egito, enfatizando a liberdade e a proteção divina.
No Cristianismo, simboliza a ressurreição de Jesus Cristo, oferecendo esperança de vida eterna para aqueles que creem e enfatizando a vitória sobre a morte e o pecado. Em ambos os contextos, a Páscoa é um momento de reflexão espiritual, renovação e gratidão, marcando um período de mudança e novos começos.
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Símbolos da Páscoa: quais são?
Os principais símbolos religiosos da Páscoa incluem o Círio Pascal, uma vela utilizado na Vigília Pascal, realizada na véspera da Páscoa tradicionalmente na Igreja Católica, simbolizando a luz de Cristo; o cordeiro, que representa Jesus como o "Cordeiro de Deus"; e o pão e o vinho, referindo-se à última ceia, que também remete ao corpo (pão) e sangue (vinho) de Jesus.
Já os principais símbolos seculares, usados de forma comercial durante a época são a colomba pascal, um pão doce que simboliza a paz; os ovos de Páscoa de chocolate, que tem o intuito de simbolizar a vida e a renovação; e o coelho da Páscoa, associado à fertilidade em diferentes culturas.
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Principais tradições da Páscoa
As principais tradições da Páscoa variam de acordo com a religião e região, refletindo uma rica diversidade de costumes e significados.
No Judaísmo, a Páscoa é marcada pela realização do Seder de Páscoa, uma refeição ritualística que inclui a leitura da Hagadá, que narra a história da libertação dos israelitas da escravidão no Egito. Este evento é central para a fé judaica e é acompanhado por várias tradições alimentares que simbolizam diferentes partes da história dos judeus.
Na tradição cristã, a Páscoa é celebrada com uma série de rituais que começam na Semana Santa, incluindo a Quinta-Feira Santa, que remete à Última Ceia de Jesus com seus discípulos; a Sexta-Feira Santa, que remonta ao dia de crucificação e morte de Jesus; e culmina no Domingo de Páscoa, celebrando a ressurreição de Cristo.
Este período é marcado por missas e cultos religiosos, além de tradições como a realização da Santa Ceia (ou Eucaristia no contexto católico), vigílias de oração, cantatas musicais e, por vezes, encenações teatrais da morte e ressurreição de Jesus, conhecidas como Paixão de Cristo.
No dia entre a Sexta-Feira Santa e o Domingo de Páscoa, conhecido como "Sábado de Aleluia", há lugares onde se pratica a "Malhação de Judas", um ritual em que se espanca e queima um boneco representando Judas Iscariotes, como forma de castigo por sua traição a Jesus.
Já no contexto secular, algumas tradições de Páscoa são a caça aos ovos de Páscoa, feitos principalmente para as crianças e também a troca de ovos de Páscoa como presentes.
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