Terminei o Ensino Médio com 17 anos e, na ocasião, já havia feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por dois anos consecutivos. Em ambas as edições consegui boas notas, por isso, em 2008, ingressei na Unopar no curso de Recursos Humanos com bolsa integral do Programa Universidade Para Todos (Prouni).
Nesse mesmo período, passei num concurso público e fui empossada na área da educação como auxiliar de classe. Com a convivência profissional e acadêmica e com o amadurecimento que a idade nos traz, percebi que a área na qual estava me formando não era pra mim, pois não via muito leque de empregos na minha cidade e região e nunca tive sonho de morar em uma metrópole. No entanto, decidi terminar o curso, que era relativamente curto.
A área da educação é bem ampla, oferece vagas em todos os municípios brasileiros, seja na rede pública ou privada, e, por conviver nesse ambiente educacional, aprendi a gostar tanto, que me apaixonei pela Pedagogia e seus desdobramentos. Outro ponto forte é a oferta de concursos públicos constantemente e nos editais sempre há muitas vagas.
Ter estabilidade financeira por meio de um emprego público é algo muito bom, pois o indivíduo pode fazer compromissos financeiros a longo prazo com mais tranquilidade como aquisição de casa própria ou de um veículo.
Os certames mais comuns são os municipais, estaduais e federais. O servidor efetivo tem a possibilidade de crescer dentro da carreira a medida que se especializa – muda de nível, que acumula tempo de serviço – muda de classe, dentre outras vantagens que os planos de carreira oferecem.
A Lei nº 11.738/08 instituiu para a categoria o piso salarial, que nesse ano de 2018 foi para R$ 2.455,35 para quem iniciar na carreira com uma jornada semanal de 40 horas. Esse salário é chamado de salário base, sobre o qual incidem as gratificações do plano de carreira, que resulta na remuneração do servidor.
Enfim, apesar de ser uma profissão que não tem o reconhecimento que lhe é devido por parte da sociedade, a estabilidade e o crescimento salarial chamaram minha atenção e me fizeram mudar de área, sem contar que posso conciliar meu papel de mãe do Rafael e ter de 40 a 45 dias de férias por ano.