Desde o começo da pandemia de coronavírus, o álcool em gel tornou-se um item de desejo da maioria das pessoas. Afinal, aqueles com concentração de 70% possuem a capacidade de destruir a camada externa do vírus, acabando com a sua chance de contaminação.
Aliás, você sabia que esse desinfetante foi inventado por uma mulher? Em 1966, nos Estados Unidos, a latina Lupe Hernandez foi a responsável por desenvolver a fórmula do álcool em gel!
A jovem, que estudava Enfermagem, na cidade de Baskerfield, na Califórnia, começou a se preocupar com a falta de disponibilidade de água e sabão para os profissionais da área da saúde, já que a assepsia é necessária para entrar em contato com paciente.
Pensando nisso, Lupe descobriu que a melhor solução era transportar o álcool em forma de gel, pois seria possível utiliza-lo quando água e sabão não são uma opção. Vendo o grande potencial de sua invenção, a estudante patenteou a ideia.
Antigamente, esse tipo de álcool era utilizado apenas em consultórios e hospitais. Porém, a partir dos anos 80, o produto começou a ser comercializado para todos. Hoje em dia, a busca por um frascos de álcool em gel é grande.
Infelizmente, pouco se sabe sobre a vida de Lupe Hernandez. O único registro recente sobre a enfermeira é no "The Growth and Development of Nurse Leaders, Second Edition", livro de enfermagem e liderança profissional, publicado em 2019.
Qual é a melhor opção de álcool para o coronavírus?
De acordo com o Conselho Federal de Química (CFQ), o melhor tipo de álcool é o em gel e que seja composto por 70% de álcool etílico. Em soluções maiores, a eficácia é menor devido à sua rápida evaporação, o que diminui o tempo de contato do produto com o vírus.
Além disso, a água conduz o álcool para o interior da célula do microrganismo, permitindo que ele seja exterminado, sem isso, o álcool apenas desidrata o vírus.
Não encontrei álcool em gel. E agora?
No estado de São Paulo, onde estão 60% dos casos de infecção, o álcool em gel será vendido a preço de custo, ou seja, sem lucro. Porém, são poucos os estabelecimentos que possuem o produto.
A indicação do CFQ é não produzir álcool em gel em casa, já que o produto caseiro pode causar irritação na pele e ocorrências mais graves.
"O álcool em altas concentrações é perigoso se manipulado de forma errada. Do ponto de vista legal, somente empresas regularizadas pelos órgãos de vigilância sanitária e que possuem profissional devidamente habilitado como responsável técnico podem fabricar esse produto", aponta Wagner Contrera, gerente de fiscalização do Conselho Regional de Química da 4º região (CRQ IV).
Para quem não conseguiu garantir o seu, a indicação do Ministério da Saúde é lavar as mãos com água e sabão por, no mínimo, 20 segundos, antes de comer e após utilizar transportes públicos, visitar locais com grande fluxo de pessoas como mercados, shopping, cinemas, teatros, aeroportos e rodoviárias . Além disso, é indicado os seguintes cuidados:
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos e outros utensílios;
- Evitar tocar mucosas dos olhos, nariz e boca sem que as mãos não estejam higienizadas;
- Proteger a boca e nariz com um lenço de papel (descarte logo após o uso) ou com o braço (e não as mãos) ao tossir ou espirrar.
O que é o coronavírus?
De acordo com o Ministério da Saúde, "o coronavírus faz parte de uma família de vírus que causa infecções respiratórias", com sintomas similares ao da gripe. Esse agente provoca a doença Covid-19, que foi registrado pela primeira em 31 de dezembro de 2019, na China.
Quais são os sintomas do coronavírus?
Após o contágio, os sintomas levam cerca de cinco dias para aparecerem e são parecidos com o de uma gripe comum, são eles: congestão nasal, dor de garganta, fadiga, entre outros.
Porém, em algumas situações, a doença pode se agravar! Por isso, em caso de febre, tosse ou dificuldade de respirar, a indicação do Ministério da Saúde é evitar locais com muita gente, procurar uma unidade de saúde ou ligar para o 136.
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Como é a transmissão do Covid-19?
Assim como o vírus da gripe, o coronavírus é transmitido por gotículas respiratórias ou contato. Alguns dos tipos de secreções com chance de contágio são:
- Gotículas de saliva;
Espirro;
Tosse;
Catarro;
Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
