Muitos estudantes têm vontade de seguir carreira dentro da área da saúde como médicos, utilizando seu trabalho para curar e salvar outras vidas. O que alguns não sabem é que quem escolhe o curso de Medicina se depara com a possibilidade de fazer a residência médica ou a especialização logo depois de formado.
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Trata-se de outro grande desafio da carreira médica, além do próprio vestibular, tido como um dos mais concorridos do país, e a faculdade em si, com uma formação longa, de aproximadamente seis anos.
Assim, tanto a residência quanto a especialização são formas de complementação da formação, e encaradas como necessárias na carreira de um médico. Cada possibilidade tem suas características e é preciso entender suas principais diferenças para definir qual escolha será a melhor para cada carreira.
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Quando o estudante de Medicina se forma, ele já tem autorização legal para clinicar. O registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e o diploma são suficientes para uma licença legal para atuar na área.
“Resumindo, o aluno se forma, cola grau, entra com a documentação no CRM, tira o CRM e está autorizado a exercer a Medicina”, explica o professor Carlos Alberto Malheiros, da Faculdade Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
O CRM, principalmente o de São Paulo, quer fazer um exame para verificar se o médico tem condições de exercer as funções da Medicina Geral. Isso já foi intensamente criticado. Nos anos em que a prova foi aplicada, a deficiência dos formados ficou bastante evidente. A discussão ainda existe em Brasília, capital federal, para que esse exame funcione como o da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que atesta os conhecimentos dos bacharéis em Direito.
“Os seis anos de faculdade são necessários para ensinar o aluno a aprender. Assim, ele pode sair do curso e aprender o resto da vida. Além disso, como a faculdade é em tempo integral, demora no mínimo de 8 a 10 anos para se entrar no mercado de trabalho. É uma formação muito longa, e a pessoa precisa estar preparada para isso”, completa Malheiros.
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Qual é a diferença entre residência médica e especialização?
Depois de formado, o médico tem algumas opções de aperfeiçoamento nas áreas da Medicina. Entre elas, estão a residência médica e a especialização.
“A residência médica é um período de estágio remunerado, como se fosse uma especialização remunerada. A diferença entre a residência e a especialização é que na residência existe uma bolsa e na especialização não. Os programas normalmente são muito semelhantes, no que diz respeito a plantões, atividades práticas, ambulatório, cirurgia”, lembra o professor Malheiros.
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Assim como o vestibular, as provas de residência médica também são muito concorridas e exigem bastante dos médicos. “A concorrência para uma prova de residência acaba sendo pior que a do vestibular. Mesmo que exista um consenso de que a residência é necessária para complementar a formação médica, temos a abertura de faculdades de Medicina a granel, sem as vagas para residência de uma maneira proporcional", afirma.
Assim, conforme alerta o professor, a tendência nos próximos anos é ter ainda mais gente fora da residência, que não tenha curso de especialização e que entrará no mercado de trabalho sem uma formação mais completa.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina, a residência médica é uma modalidade de ensino de pós-graduação voltada para médicos, na forma de curso de especialização. Ela funciona em instituições de saúde, sob a orientação de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional. É o que prevê o decreto 80.281, de 5 de setembro de 1977, que a regulamenta.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), o programa de residência médica, cumprido integralmente dentro de uma determinada especialidade, confere ao médico residente o título de especialista. A expressão “residência médica” só pode ser empregada para programas que sejam credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica.
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