Depois do sucesso do reality show MasterChef Brasil, lançado em 2014, diversos outros programas culinários também passaram a fazer parte das emissoras de televisão como Bake Off Brasil, Batalha dos Cozinheiros e Mestre do Sabor, o que passou a dar visibilidade para a área de Gastronomia.
Apesar de o diploma não ser obrigatório para exercer profissões como chefe de cozinha, cozinheiro ou auxiliar de cozinha, ele pode ser um diferencial no ingresso no mercado de trabalho.
Pensando nisso, a Revista Quero reuniu informações com tudo o que você precisa saber sobre o curso de Gastronomia.
O curso
O curso de Gastronomia é oferecido nos graus bacharelado e tecnológico. O primeiro formato possui duração média de quatro anos. Já o tecnólogo possui duração mais curta, de dois anos, em média.
A principal diferença entre os dois formatos de curso, além do tempo de duração, está no enfoque de cada um. O bacharelado oferece conteúdos teóricos e práticos de forma bem equilibrada, enquanto o dá mais ênfase a conteúdos práticos.
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Disciplinas como antropologia, gestão, segurança alimentar, bebidas e harmonizações, panificação e confeitaria.
“Eu tive todo tipo de aula, desde o básico. Se você nunca pegou uma faca na mão e nunca cortou uma batata, eles te ensinam isso. Todos os tipos de cortes, os modos corretos de você segurar uma faca, cortar um alimento, estabilizar. Também tive muita aula prática de higiene na cozinha sobre coisas básicas como manter a bancada organizada, saber o que pode ficar fora da geladeira e por quanto tempo pode ficar”, conta Gabriela Forte, formada em Cozinha e Alta Gastronomia no Instituto Gastronômico das Américas (IGA).
Por esse motivo, saber cozinhar não é um pré-requisito para fazer a graduação. “Você não precisa saber sobre comida, saber os meandros, saber como faz um croissant, porque isso o curso vai te ensinar. Mas você precisa estar interessado em aprender”, explica Gabriela.
Também é necessário ter disposição física, já que nas aulas práticas os alunos ficam em pé durante muito tempo e intercalam temperaturas quentes e frias durante o preparo de pratos, entre o forno e a câmara fria.
As avaliações podem variar em cada instituição, mas, de forma geral, as provas práticas funcionam mais ou menos como nos reality shows. Com a diferença de que, ao invés de jurados, os estudantes são avaliados pelos professores. Em suas provas, Gabriela tinha que escolher cinco ingredientes de uma bancada repleta de alimentos e montar um prato.
Por fim, para receber o diploma do curso é necessário apresentar o TCC, que também pode variar de acordo com as faculdades, mas normalmente envolve a criação de um restaurante (fictício) ou um prato.
Para Gabriela, porém, os aprendizados da formação não se limitaram a culinária. " O curso me enriqueceu muito culturalmente porque eu conheci muito mais do que eu poderia imaginar dentro de uma cozinha, conheci outras realidades, outras ideias e soluções de problemas mesmo. Por exemplo, se o molho de uma receita não deu certo de um jeito, o que é possível fazer para salvar ele? Então é um modo de você se virar, desenvolver um pensamento ágil e estimular a criatividade", conclui.
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