O nome semelhante dos cursos de Engenharia Eletrônica e Engenharia Elétrica pode causar muitas dúvidas na hora de escolher uma profissão, afinal, as duas graduações são da mesma área do conhecimento.
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No entanto, apesar do nome e do setor parecido, os cursos e as áreas de atuação de cada engenharia possuem enfoques distintos.
"A Engenharia Elétrica é mais voltada para o dimensionamento, na parte de redes elétricas, é algo bem macro, que envolve linhas de alta tensão e todo o sistema para transformar energia mecânica em engenharia elétrica. E a Engenharia Eletrônica é a área voltada para equipamentos eletrônicos mesmo em uma escala menor, como celular, rádio", explica o professor da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Alessandro Oliveira.
O Prof. Alessandro Oliveira acrescenta, ainda, a importância de quem deseja ingressar na área possuir habilidade e interesse na área de exatas. Além disso, ele aconselha aqueles que estão em dúvida, a assistirem aulas dos cursos de interesse e conversarem com profissionais da área para se familiarizarem com a rotina profissional.
Para te ajudar a compreender das duas engenharias e fazer a sua escolha profissional, a Revista Quero reuniu as principais características de cada graduação. Confira!
Engenharia Elétrica
Com duração média de cinco anos, os dois primeiros anos são voltados para disciplinas básicas de engenharia como cálculo, matemática e física. Após esse período, os alunos passam a cursar disciplinas específicas como instalações elétricas, conversão de energia e sistemas de transmissão de dados. Além disso, também está presente na grade curricular do curso aulas práticas em laboratórios.
Ao se formar, é preciso se inscrever Conselho Regional de Engenharia (CREA) para exercer a profissão. A partir de então, o engenheiro elétrico pode trabalhar com projeto de sistemas elétricos, como usinas, estações e redes de geração de energia, além de equipamentos médicos e circuitos eletrônicos.
Engenharia Eletrônica
Assim como o curso de Engenharia Elétrica, a graduação em Engenharia Eletrônica também possui uma grade curricular dividida em disciplinas básicas como matemática e física, que acontecem nos dois primeiros anos. Dentre as disciplinas específicas, estão eletromagnetismo, eletrônica aplicada e sistemas digitais.
Para exercer a profissão é necessário efetuar um registro no Conselho Regional de Engenharia (CREA), ao concluir a graduação. Após a formação, o engenheiro eletrônico torna-se habilitado para atuar no projeto, construção e manutenção de equipamentos eletroeletrônicos e seus sistemas.
Como está o mercado de trabalho?
De acordo com os dados de 2018 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as duas áreas estão com saldo negativo. Ou seja, contabilizaram um maior número de demissões do que de contratações.
No entanto, o professor Alessandro Oliveira possui perspectivas positivas em relação aos próximos anos. "A tendência, pelo o que a gente está acompanhando, é melhorar a questão econômica do País. E todo o processo que envolve economia favorece os postos de engenharia, principalmente a parte técnica", afirma.
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