Graças ao avanço dos polos EaD (educação a distância), alunos podem estudar nas maiores instituições de ensino do País sem se mudar para uma grande cidade.
Segundo o último Censo da Educação, produzido pelo Inep, quase 2 milhões de brasileiros se inscreveram em cursos a distância em 2016 (último dado disponível). Quase 25% a mais do que no ano anterior.
O Quero Bolsa também tem acompanhado a interiorização dos cursos e percebeu que o EaD tem forte influência nesse movimento. Acompanhando a oferta de bolsas de graduação e pós-graduação em 10 estados brasileiros, o departamento de inteligência constatou que em todos a oferta cresceu drasticamente fora das capitais.
A maior alta registrada foi no Rio de Janeiro, onde há 12 vezes mais bolsas de estudo nesse semestre do que no mesmo período de 2017. São 125 mil contra apenas 10 mil há um ano.
Em São Paulo, onde a quantidade de bolsas disponíveis é de quase 700 mil, o crescimento foi de 3,5 vezes. “O movimento de concessão das bolsas acompanha a estratégia comercial das universidades, agora mais ligada à expansão do EaD para cidades menores do País. Nelas, muitas vezes não compensa a construção de uma unidade para o ensino presencial”, afirma Pedro Balerine, diretor de Inteligência do Quero Bolsa.
O menor custo de implantação do EaD para as faculdades permite oferecer educação a mais pessoas por um preço mais baixo em relação ao curso presencial e, ao mesmo tempo, combater a ociosidade registrada nos cursos presenciais. Dados do próprio Censo mostram que 52,9% das vagas disponíveis em 2016 não foram preenchidas.
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“No período de Fies farto e pleno emprego, as faculdades viram a demanda crescer substancialmente. Esse cenário mudou a partir de 2015. Desde então, a tecnologia tem sido uma aliada poderosa para chegar a alunos que antes não estavam ao alcance desses instituições”, lembra Balerine.
A flexibilidade de horário, a possibilidade de não ter que se deslocar diariamente à faculdade e preço baixo tem tornado o curso EaD a saída para muitas pessoas que pensavam que não fariam uma faculdade.
Além disso, permite que mesmo longe dos grandes centros, os estudantes possam ter diplomas de faculdades de renome. “Metodista, Unip, Estácio, Cruzeiro do Sul, e muitos outros grandes grupos educacionais estão ao alcance de qualquer aluno.
Hoje um estudante de Toledo (PR), por exemplo, pode escolher entre 160 opções de curso de graduação, em 10 instituições de ensino diferentes, pagando menos de R$ 300 por mês com bolsa de estudo. Isso acontece em praticamente todo o País. E o diploma de quem se forma num curso a distância é exatamente o mesmo do aluno formado presencialmente”, exemplifica o diretor do Quero Bolsa.
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Satisfação elevada
Quanto à qualidade dos cursos EaD, o Quero Bolsa também realizou uma pesquisa com mais de 3 mil estudantes matriculados em cursos a distância e constatou que o índice de aprovação dos cursos pelos alunos é de 79%.
Moisés Carlos está matriculado no curso de Administração a distância em um dos polos da Estácio, localizado em Manaus. O estudante está satisfeito com o curso:
“Gosto muito da flexibilidade das aulas e da qualidade do conteúdo didático. A maneira como a grade é distribuída, permitindo que o aluno escolha quais disciplinas irá cursar em cada período, também me agrada muito. Os professores são qualificados.”
Moisés Carlos, aluno de Administração a distância da Universidade Estácio.
A flexibilidade da carga horária citada por Moisés é o principal motivo para a escolha de um curso EaD para 44% dos entrevistados na pesquisa do Quero Bolsa. A segunda principal razão para a matrícula, citada por 27% dos alunos ouvidos, é o valor menor das mensalidades.
“É importante observar que a conveniência de fazer um curso EaD é importante, mas não é decisiva no momento de o aluno decidir pelo curso. Apenas 9% dos entrevistados afirmam que não tinham opção de curso presencial em sua cidade e por isso optaram pelo modalidade a distância. Isso reforça que o estudante tem reconhecido o valor desse modelo de ensino mesmo em grandes centros, o que faz com que a expansão para o interior eleve a qualidade do ensino onde antes faltava até vaga para estudar”, completa Pedro Balerine.
