Atualizado em 12/01/2022
Aposto que você se lembra dos seus pais te levando para tomar vacina quando você ainda era criança. Você era do time dos que choravam ou dos que aguentavam firme? Chorando ou não, o importante é que hoje você está protegido de doenças que matavam muitas crianças séculos atrás.
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As vacinas são agentes causador da doença inativados ou enfraquecidos introduzidos no corpo que o estimulam a produção de anticorpos contra doenças específicas. A primeira vacina surgiu no século XVIII contra a varíola, mas somente no século XX que elas foram aperfeiçoadas e aplicadas pelo mundo.
Elas foram a maior invenção do século XX e revolucionaram a medicina. Por causa delas, a mortalidade infantil reduziu e a expectativa de vida aumentou. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação é uma das formas mais efetivas e de menor custo para reduzir a mortalidade infantil.
Também por conta delas que a mortalidade por Covid-19 diminuiu drasticamente no Brasil em 2022. Isso pode ser visto, por exemplo, em dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal divulgados em 11 de fevereiro. Segundo essas estatísticas, a taxa de mortalidade de idosos que não completaram o esquema vacinal e não receberam a dose de reforço é 33 vezes maior do que naqueles que tomaram as três doses da vacina contra a Covid-19.
Uma pesquisa da OMS estima que as vacinas previnem por ano quase 6 milhões de mortes no mundo. Apesar dessa nova realidade com mais qualidade de vida, o número de pessoas que aderem ao chamado Movimento Antivacinação preocupam as autoridades e políticos.
O que é o movimento antivacinação?
O medo de vacinas e de outros avanços da medicina não é algo recente. Na Idade Média, muitas pessoas tinham medo até de tomar banho, pois acreditavam que o corpo podia ficar exposto a males e doenças.
Hoje, além de algumas comunidades religiosas que não são adeptas à vacinação, existem também grupos de pessoas desconfiadas da indústria farmacêutica. São pessoas que resolveram não se vacinar e nem imunizar seus filhos por medo dos efeitos negativos que as vacinas poderiam causar.
A professora de redação Giovanna Gallo, do canal do Youtube Professor de Atualidades, acredita que o assunto pode ser tema de redação do Enem: “Antes ele era um movimento incipiente, mas, com o aumento no número de casos de pais que optam pela não-vacinação, o problema se tornou uma questão de saúde pública”.
Surgimento e justificativas da antivacinação
As principais razões do medo às vacinas são causadas por notícias falsas. Na internet, há diversos conteúdos que conspiram contra a vacinação e a indústria farmacêutica baseados em dados falsos e até, totalmente, sem sentido.
O movimento ganhou força em 1998, após uma pesquisa falsa do médico britânico Andrew Wakefield que sugeria que a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola desencadearia autismo em crianças. O estudo e o médico foram desmascarados, mas a notícia mentirosa se espalhou pelo mundo e até hoje muitas pessoas acreditam que vacinas podem causar autismo.
O movimento prega que a vacinação se inicie mais tarde, quando o sistema imunológico estaria mais maduro, que as doses únicas sejam separadas em mais doses e que haja um aumento no tempo entre suas aplicações.
Os adeptos também acreditam que a imunização pela doença seja melhor do que pela vacina, que seria artificial. Entretanto, a vacinação ocorre em pouca idade justamente porque é quando o sistema imunológico está mais frágil e com o objetivo de que as doenças não sejam contraídas, já que elas deixam muitas sequelas e podem causar até morte.
Os problemas da não-vacinação
O crescimento do movimento antivacinação é uma preocupação mundial e pode, inclusive, aparecer na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A resistência à vacinação entrou na lista de dez ameaças à saúde global em 2019 da Organização Mundial de Saúde.
Segundo a Organização, o movimento antivacinação ameaça reverter o progresso feito no combate a doenças evitáveis por vacinação. Isso porque a imunização ocorre pelo efeito rebanho: quanto mais pessoas imunes, menor o risco da doença se propagar.
Quando parte da população decide não se vacinar, aumenta o número de pessoas expostas as doenças. Assim, não só as pessoas antivacinação são afetadas, mas também todas as pessoas que podem se vacinar, seja por questão de pouca idade, problemas imunológicos ou falta de acesso.
As taxas de vacinação têm caído, inclusive no Brasil. Algumas doenças erradicadas ameaçam voltar, como o sarampo, a poliomielite, a difteria e a rubéola. De acordo com o Ministério da Saúde, dentre oito vacinas infantis obrigatórias, apenas a BCG alcançou sua meta de cobertura, mesmo com a queda nos últimos oito anos.
A vacinação contra poliomielite teve sua pior taxa vacinação, cobrindo 86% da população, quando o recomendado pela OMS é de 95%. No Brasil, a poliomielite é considerada erradicada desde 1990.
O que esperar do tema no Enem?
A redação do Enem sempre irá propor uma questão problemática que afeta toda a sociedade e que precisa de solução. “O movimento antivacinação se apresenta como uma questão importante e que pode desafiar os estudantes despreparados”, acredita a professora Giovanna.
As notícias falsas podem ser as principais armadilhas dos vestibulandos, e inclusive alimentam movimentos perigosos como o da antivacinação. A dica do professor Renan Russo, também do canal Professor de Atualidades, é acompanhar fontes confiáveis de informação, como jornais confiáveis, dados de fontes oficiais, como a OMS, e canais relevantes do Youtube Educação.
A professora Giovanna acrescenta que estudar sobre o assunto ainda pode ajudar na argumentação em outros temas de redação. ”Pode servir de exemplo para mostrar uma descrença nas ciências e nos conhecimentos ligados à razão crítica”, explica.
Além da redação
A prova também pode cobrar o assuntos em outras disciplinas, como Biologia, História e até Sociologia. “Temos as questões biológicas da vacina e do sistema imunológico, a Revolta da Vacina ocorrida na República Velha e já que o número de pessoas salvas pela descoberta das vacinas aumentou a expectativa de vida, se alterou diversas dinâmicas sociais”, exemplifica o professor Renan.
O assunto pode ser abordado de várias formas, alerta Renan, desde a descrença em relação ao conhecimento científico, os perigos que uma redução nos níveis de vacinação pode causar à saúde pública, até o aumento nos gastos com a campanha de vacinação.
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